quarta-feira, 7 de maio de 2008

Pronto! Parece que não vou ser eu...





Para mudar de ares resolvi dar uma volta pelo Público. Péssima ideia! 
Dei de caras com o jovem José Alberto Carvalho, director de informação da RTP, a tal que nós pagamos, que perante deputados que o questionaram sobre a legitimidade da opção do canal de ter como comentadores políticos "residentes", apenas Marcelo Rebelo de Sousa, do PS com D e António Vitorino do PS sem D, respondeu que só passarão a ter comentadores com programa próprio, representando outros quadrantes ideológicos, quando descobrirem pessoas parecidas com o prof. Marcelo e Vitorino...
Não vou agora pôr-me aqui a dizer o que penso dos dois mediáticos comentadores. Não é que levasse muito tempo... bastava uma linha, mas não me apetece e as minhas visitas têm imaginação muito mais que suficiente para os classificar.
A minha encanitação é mesmo com o jovem director de informação. Já aqui há tempos, como escrevi AQUI, outro director, mas da SIC, Ricardo Costa, respondeu que não convidavam outras forças políticas para o programa "Expresso da Meia Noite" porque "não havia mais cadeiras". Agora é este José Alberto Carvalho...
Porque raio é que estes senhores directores, quando são entalados com perguntas às quais não são capazes de responder com a verdade, optam por responder com garotices?

17 comentários:

Justine disse...

Não lhe chamaria garotice, mas sim arrogância, arrogância de quem tem um poderzito na mão e abusa dele.

Marta disse...

Concordo plenamente com a designação PS com D e PS sem D o que deve dar uma ideia de que lado estou. Isto para dizer que me pareceu que o que tinha ouvido na televisão era "caso sejam encontradas outras figuras com capacidade de comunicação semelhante" e infelizmente, apesar de eu não perceber nada de política, acho que o menino José tem alguma razão.

Orlando Gonçalves disse...

Eles coitadinhos foram formados para estarem do lado do regime. Nas aulas que por certo tiveram de ter devem ter tido todos uns bons profs. Felizmente, não sabem, estes meias lecas o que foi o antigamente e o que era querer dar informações e ter o risco azul da censura. Mas infelizmente hoje em dia parece que começamos a cantar a canção do António Calvário " Oh tempo volta para traz..."
Pobres de espirito estes jornalistas vendidos...

Anónimo disse...

Eles não estão ao lado do regime, eles casaram com quem detém o poder. São estes gajos que fazem o neo-liberalismo, são estes gajos que vegetam ao lado do poder, são tipos que nunca cuspiram nas mãos, pensam que são os inteligentes do burgo, são, no fundo, uns tristes lembe-botas.

Abraço

Anónimo disse...

Tens toda a razão, Samuel. Também estou encanitado (g'anda malha, meu).
Quanto à nossa simpática vizinha Marta, não ponho em dúvida a sua boa fé, mas se quiser envio-lhe uma lista de nomes com "outras figuras com capacidade de comunicação semelhante", o que em relação ao António Vitorino não tem grande dificuldade, e em relação ao Marcelo implica a necessidade de melhor se definir semelhante... Sim porque semelhante capacidade de comunicação encontra-se em qualquer feira semanal das nossas vilas do interior. E até me apetecia contar uma estória sobre "o dente não dói que o dente é osso e o osso não dói..." mas poupo-vos.

lino disse...

Também deve ser um problema de cadeiras. Ninguém, além de mim, tem encontrado cadeiras nas estradas de portugal? Pois foi o almerindo que as levou da televisão pública.

AC disse...

Jornalistas de cócaras

Semelhantes a essas duas figuras vagas, só mesmo clonar tais figuras vãs...sabem que mais...? continuem a viver e comer de joelhos, que ainda ganham um pifarinho pra manipular durante o repasto.

Maria disse...

É. Quando descobrirem. E ele que usa óculos ainda não os viu. É a maior anedota (de mau gosto) que já ouvi sair da boca desse jornalista. Que, como os outros, se "abaixam" tanto, tanto, mas tanto, que um dia... não sei não... :)))))

Abreijos

APC disse...

Porque são mm uns garotos?!
Abraços

Marta disse...

Queria eu com isto dizer, antes de ser interrompida por motivos de força maior, que apesar da aparente falta de vontade por parte da RTP em procurar os tais "semelhantes", é difícil encontrar alguém que junte as características necessária para aguentar as audiências interessada durante quinze minutos. O à vontade em televisão, saber estar, saber falar, de preferência com um discurso compreensível para o comum dos mortais mas principalmente, saber pensar por si e traduzi-lo (no momento) para que em situações de maior pressão, não recorra à velha cassete já tão gasta.

Porque o que mais me irrita nisto tudo é que por mais inteligentes que sejam as pessoas de esquerda, a resiliência também é uma das suas características, o que faz com que ao primeiro sinal de discordância, partam para a luta com todas as armas em riste.
Finalmente o menos importante mas mais tido em conta, o ser figura pública e aqui é temos mesmo a burra nas couves. A esquerda, principalmente o PCP, embora o BE lhe esteja no encalço, tem tido nos últimos anos, uma capacidade de escolher para seus representantes as figuras mais inconcebíveis . . . e disso é que eu não quero mesmo falar.

Anónimo disse...

Tenham paciência, mas isto não são jornalistas, nem directores de informação, são CAPATAZES, só não usam chicote porque, não é moderno, tambem não usam o lápis azul porque as cassetes são mais modernas.
Temos que chamar-lhes o que eles de facto, são:- um adversário, ainda que tenha voz doce, não deixa de ser um adversário.
Abraço
Manangão

Anónimo disse...

De tudo o escrito, Martinha vizinha, apenas fiquei às voltas como isso da resiliência. Devo ser isso: resiliento. Que não sei o que é, mas não ponho em dúvida que o seja.
Ora esta, hem!, resiliento... era o que me faltava. Depois de me chamarem comuna e tantas outras coisas menos conotadas etimologicamente e foneticamente com comunista... esta agora de resiliento?! Sim, senhora, bem achado!
Eu que até sou tão inconcebível que o PCP me escolheu para o representar aí numas cenas e eleito fui e que julgava que não me tinha portado mal na televisão quando tive as (raras) oportunidades de por lá passar, eu, com quem gastaram quilómetros de fita a gravarem depoimentos e outras coisas dessas que, depois, não passavam cá na santa terrinha.
Esta agora... resiliento!? Terá alguma coisa a ver com dormir ao relento? De qualquer modo, desculpe lá, Martinha, se me chamarem lá às câmaras mais alguma vez, nunca direi resiliência. Antes burro nas couves (também é boa esta!).

Nuno Góis disse...

Esta corja não nos merece mesmo o mínimo respeito, contudo não podemos deixar de nos indignar ao ouvi-los falar assim quando, para além de viverem, gerem este canal com o nosso dinheiro...
Boicote imediato aos Marcelos, Vitorinos e Albertos Carvalhos!
Oh merda, isso já foi feito.

E aquele sorrisinho está a irritar-me tanto...

Anónimo disse...

Samuel, não tem nada a ver com isto (desculpa, já gastei o meu crédito de paciência para idiotas nas últimas 24 horas): se fores ao mar sem sal deixei-te lá uns links para o JGF compositor. O último (texto do César Viana) é epecialmente interessante.

Um abraço

Anónimo disse...

Além de garotos estes tipos são mesmo lacaios do capital. Ó martinha gente como o marcelo e o Vitorino encontras tu em qualquer feira a vender banha da cobra. Desculpa Marta mas és arcaica. Já ninguém usa a cassete, mesmo a disquete já abandonada. Desculpa marta mas usas um vocabulário que eu fico sem saber se sabes o que quer dizer arcaica!...

(Paulo Granjo) disse...

Por acaso, eu até uso com alguma frequência as palavras "resiliência" e "resiliente" lá nos meus artigos de antropologia, se calhar por ter feito o ensino secundário numa escola industrial.

Resiliência é a capacidade que os corpos têm de resistir a esforços externos sem se deformarem definitivamente, ou seja, voltando à forma original quando essa força cessa.

Julgo perceber o sentido com que a vizinha Marta utilizou a palavra; pela minha parte, costumo usá-la para costumes, cerimónia ou grupos sociais que se mantêm relativamente inalterados ao longo de contextos socio-históricos diferentes.
Não tem, à partida, uma carga positiva ou negativa - só lhe é dada pelo contexto em que é utilizado e pela avaliação moral que, relativamente a ele, seja feita acerca dessa capacidade.

Neste caso, tanto pode ser visto como "caturra", "coerente", "estático" ou "reactivo"...

Marta disse...

Ó vizinho Zambujal

Eu sei que há pessoas de esquerda com todas aquelas características, tenho alguns na família, casei com outro e cresci no meio de muitos. Daí referir a «aparente falta de vontade por parte da RTP em procurar os tais "semelhantes"».

Eu não vim para aqui ofender ninguém. Gosto muito deste cantinho e até fui avisada de que não iam entender o sentido do termo resiliente, devia ter deixado isso bem claro, peço desculpa.

Mas . . . a sua resposta demonstra exactamente o que eu queria dizer. Passo a explicar:

Resiliência é de facto uma característica comum nas pessoas de esquerda (minha por exemplo) e que faz com que (se não se desenvolver alguma tolerância) quando confrontado com qualquer coisa nova, se aja como o Zambujal, que não tentou saber do que é que eu estava a falar para perceber que afinal até era um elogio (para mim é) e poderia depois, confrontar-me com a minha falta de vista pois não soube ler bem o que o JAC disse. Existem expedientes diferentes para fugir à questão mas vai tudo dar ao mesmo, perde-se no debate.

O que eu quis dizer é que, estando tão habituados a uma luta constante já sacam das armas por dá cá aquela palha.

Deixo aqui as várias definições que encontrei na Internet (descobri inclusivamente um artigo) (http://ral-adolec.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-71302001000300006&lng=es&nrm=&tlng=pt)

resiliência
do Lat. resilientia, resilire, recusar, voltar atrás
(Mecân.)capacidade de resistência ao choque de um material, definida e medida pela energia absorvida pela ruptura de uma amostra de secção unitária desse material;
(Física) propriedade do material de retornar à forma ou posição original uma vez cessada a pressão sobre o mesmo
(Figurado) habilidade que uma pessoa desenvolve para resistir, lidar e reagir de modo positivo em situações adversas
adj. Que apresenta resistência ao choque