terça-feira, 16 de setembro de 2008

Não é que eu não queira colaborar...



Cerca de 12 horas do meu dia de ontem, foram passados na tarefa de ir muito longe e voltar, à loja de um amigo a que me mantenho fiel cliente, tratar de substituir um computador que está a falecer, por outro assaz garboso (mais os seus novos periféricos) que não sei muito bem como vou pagar, dado que o renascido interesse pelas cantigas que canto, ainda não se reflecte minimamente no número de espectáculos para que sou contratado.
Talvez para me animar ainda mais, o inexplicável Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, não se cansa de repetir a lenga-lenga que vi tão bem retratada num texto do “Cravo de Abril”, que nos diz que “o país está num estado lastimável, a culpa é do governo anterior e os portugueses têm que apertar o cinto”.
Se Constâncio é principescamente pago para (quase apenas) nos dizer isto... pois que diga!...
Gostava de saber se o facto de há uns dias para cá se ter feito um silêncio sepulcral sobre o assunto quer dizer que a negociata não avança, ou se o silêncio se destina apenas a melhor o fazerem pela calada.
Ah... e gostava ainda de saber se a concretizar-se este belo “investimento” do nosso Banco Central, eu poderei pagar a parte que me caberá na despesa de 40 milhões, em suaves prestações, dada a minha momentânea falta de liquidez.
Agradecido!

18 comentários:

Lúcia disse...

Claro que poderás pagar em suaves prestações mensais. Com sorte, nem pagas o novo computador.
Estes amigos do povo dizem as generalidades que fica bem dizer- mas a realidade que eles vão querendo escamotear é outra. E mais séria! Com quanto o povo continua à míngua. À míngua até de gente séria no seus destinos, caramba!
Beijos

AC disse...

não estão encalhadas,mas calhadas para os amigos...homem estava apenas a capitalizar a coisa!!!

Anónimo disse...

Uma história verídica, de exemplo (para a verdade das insinuações do "post") e de proveito (para nosso desconsolado consolo).
Há uns bons pares de anos foram distribuídos pelas escolas do ensino básico tubos de ensaio, provetas, o diabo a quatro do género, em abundância de quantidade que dava bem para usar, partir e deitar fora. O pior é que as criancinhas não tinham nada com que fazer experiências. Comentei, em tom de brincadeira, que decerto algum primo de um ministro tinha aquele material em armazém, e o ministro dera-lhe um jeito. Vim a saber que não foi bem um primo, mas foi mais ou menos o mesmo.

Maria disse...

Não podes não, Samuel.
Aqui é "pagas e não bufas". É o que vou ouvir amanhã nas Finanças, quando for perguntar porque raio vou ter de pagar quase o dobro de IRS do que no ano passado, sendo que o rendimento até foi inferior ao do ano passado...
... não sei bem como me vão explicar, mas já sei que"pago e não bufo"...

Abreijos

Anónimo disse...

Os salteadores estão no poder. quer isto dizer que é dar a carteira e o resto e não piar. até quando?

Crixus disse...

Claro que temos de ajudar esses idiotas (a palavra é esta) a safar-se desta trapalhada. No fundo é para isso que cá andamos, até estou a pensar fazer umas horas extraordinárias (enquanto as há) para ver se pagamos mais depressa as imbecilidades desta gente.

Anónimo disse...

Ah! Samuel... tivesse o CR e parceiros jogado com a genialidade com que este "post" foi entretecido e não estávamos com este problema!
Esta denúncia - das negociatas e de como os aventureirismos (contar com a Taça nu cu da UEFA) e as incompetências se entre-compensam - é um serviço de utilidade pública.
Obrigado e um grande abraço.

Orlando Gonçalves disse...

Penso que estas perguntas vão ficar sem resposta... é o que eu acho, para muita pena nossa.

Fernando Samuel disse...

Normalmente, os silêncios sepulcrais querem dizer que a coisa está a ser feita pela calada, pelo que é bem possível que assim seja neste caso...
Aguardemos...

Abraço.

Justine disse...

Gostavas tu, e gostávamos todos nós de saber...
É que o país só está num estado lastimável para alguns, a maioria.Os outros continuam nas suas negociatas criminosas e impunes.
Raiospartam!

Ana Camarra disse...

A culpa disto tudo é nossa e só nossa.
Que alimentamos estas sanguessugas.
A esposa desse sr. foi colocada no Instituto de Participações do Estado, o que faz tal Instituto? Não sei, acho quer ninguém sabe.
Na altura para além do belo salário, tinha carro, telemovél, evidente e o salário era pago 19 vezes por ano, ou seja os 12 meses da praxe, férias, natal, pascoa, carnaval, santos populares, regresso ás aulas, todos os santos, etc...
Depois de saber disso cada vez que tropeço com o sr. na tv com ar sacristão, a falar de contenção salarial, dá-me volta ao estomago!

beijos

Anónimo disse...

...Mas tu ainda estás a pensar pagar em prestações, e suaves?
Há quanto tempo tu,eu e mais alguém que eu conheço, já pagou estes devaneios.
Nós fazemos parte daquele estrato social, que ainda não tinha nascido, e já era explorado.
A sorte destes descarados oportunistas, é o povo ser frouxo!
A quem servir a carapúça que a enfie.
abraço

duarte disse...

a revolução é..pra já!
mas esta terá de meter cockteis molotov! terão de rolar cabeças! estamos fartos e não nos calaremos!!!
duarte o revolucionário

Anónimo disse...

É uma máfia terrível. Quando se souber, já o negócio está feito.

Mais me preocupa que neste nosso país só os cantores pimba e sem qualidade nenhuma tenham um agenda carregadinha de concertos.. Isso de que te queixas é, infelizmente, mal geral para quem quer fazer música um pouco mais... específica. :))
Sofremos do mesmo mal!
beijinhos e beijocassssss

Susete Evaristo disse...

Eu estou safa desse pagamento já que o endividamento a que voluntariamente me vou candidatar, de imediato não me permitirá colaborar em mais uma despesa.
Safa!!!!!!!!

amigona avó e a neta princesa disse...

Ai Samuel tu pões cada coisa mais complicada para nós pensarmos!!! Coitado do sr(e da esposa do sr)...vou embora que se começo a pensar fico de garra de fora!!!
Beijosà vóvó...
Abreijos,

Anónimo disse...

e para quado reedição do cantigueiro?

Anónimo disse...

Não nos obriguem a vir para a rua gritar, não há tempo de embalar a trouxa e zarpar. É tempo de mobilizar vontades e pensar em como dar forma a uma nova revolução; seja ela em que moldes e em que circunstâncias for ! Façamos um esforço e tentemos de uma vez por todas dar uma grande volta ao texto. Afinal de contas: de quem é este pais. Sugestões aceitam-se !