segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Último dia do ano II – Sílvio, o “burlesconi”


Segundo uma mentira largamente propalada, um tecnocrata no governo seria não mais que um técnico, pretensamente muito competente, mas sobretudo independente e, preferencialmente, sem ideologia que se visse. Estaria assim equidistante das lutas político/ideológicas, equidistante dos interesses de ricos e pobres, jovens e idosos, patrões e assalariados, servindo exclusivamente o “superior interesse da nação”.
Como já disse, é mentira! Os famosos governos de tecnocratas, tendem sempre a servir apenas um senhor... e esse nunca é o “superior interesse da nação”.
Mario Monti, o tecnocrata que os “mercados” colocaram – sem eleições – à frente do governo italiano, é apenas mais um bom exemplo disso mesmo.
Posto isto e estabelecido que não nutro qualquer especial simpatia pelo personagem... o que é demais também é moléstia, c’os diabos!
Sílvio Berlusconi, a quem gosto de chamar “burlesconi”, o pantomineiro corrupto e porco, ex-primeiro-ministro de Itália, resolveu atacar Mario Monti... por este ter «perdido a credibilidade».
E pronto. Assim, de supetão, a poucas horas do fim de 2012, “burlesconi” tem o topete de apontar o dedo a alguém... seja quem for... por falta de credibilidade.
Decididamente, uma tirada digna de concorrer a melhor piada do ano!
Seja como for e passe a potencial piada da coisa, convém não esquecer que este tipo de personagens aparentemente risíveis, apalhaçados, com pancada na cabeça, o que se quiser... são quase sempre perigosos, assim estejam reunidas as condições históricas, como bem prova o “antepassado” de Berlusconi, que deu pelo nome de Benito Mussolini... e tantos, tantos outros.
Até para o ano! (Desta vez é que é!)

Último dia do ano I – Que não se repita!


Último dia do ano. Ano, miserável, não por culpa própria, que o tempo é apenas aquilo que dele se faz, mas por obra do bando de celerados que, à força de mentiras descaradas, se instalou no poder ao serviço de uma bem mais vasta quadrilha internacional que os comanda com o rigor com que se manipulam as marionetas.
Quem gosta de festejar a passagem do ano... porque passa... festeje pois!
Apenas duas observações:
1. Não “festejem” em demasia... pois é fundamental entrar em 2013 com os pés bem firmes no chão.
2. Não fiquem doentes... para não “contrariarem” o imbecil do secretariozeco da “saúde”. Isto porque, francamente, não sei se aquele discurso meio fascista não é uma espécie de preparação de futuros “castigos”, na forma de não comparticipação do Estado, por exemplo, para os “malandrins” dos cidadãos que contraiam doenças, ou sofram acidentes que uma qualquer comissão composta por canalhas do mesmo calibre do secretariozeco considere evitáveis... logo, culpa dos doentes.
Até para o ano! (Se não voltarem logo à tarde)

domingo, 30 de dezembro de 2012

Queira ou não queira o papão...


Último domingo de um ano cinzento, ano que tentei ir iluminando com música que, na minha opinião, fosse adequada para esse (pretensioso) fim.
Como acabar? Que tal uma grande canção, de um enorme autor, cantada por um dos “amores” deste estabelecimento?
Do longo vídeo de um concerto de homenagem a José Afonso, recentemente realizado em França, mão amiga fez o favor de cortar este pequeno “clip” de uma cantiga apenas.
Haja luz!
Fiquem com “Menino do bairro negro”, de José Afonso, com o acompanhamento inspirado e feliz do Júlio Pereira, na voz mágica de Mayra Andrade.
Em três minutos e meio, um mundo de subtileza, de suavidade, memória, futuro, delicadeza, talento contagiante, simplicidade, simbolismo a rodos. Tudo num conjunto lindo... de viver!
Bom domingo.
“Menino do bairro negro” – Mayra Andrade
(José Afonso)




sábado, 29 de dezembro de 2012

Paulo Rocha (1935-2012) – Mudar de vida...


Paulo Rocha não precisava de ter sido tudo o que foi para o cinema português. Não precisava de toda a originalidade, humanidade, curiosidade pelo seu humano semelhante, pela vida cultural e política do seu país.
Bastava-lhe ter “levado” Carlos Paredes a compor o tema musical do seu filme “Os verdes anos”... para ter se tornar um nome importante no cinema e na música portuguesa!
“Os verdes anos” – Carlos Paredes
(Carlos Paredes)



João Loureiro – De triste memória



O clube portuense de futebol, Boavista, parece não conseguir libertar-se das mãos da “famiglia” Loureiro. Depois de muitos anos sob a botifarra militaresca e a berraria desatinada de Valentim, passou mais uns anos sob a bota de João. Caiu na ruína!
Ao que leio, encabeçando uma "combativa" lista única e legitimado pela espantosa votação de quinhentos e poucos sócios, num universo de votantes de seis mil, menos de 10%, portanto... o João está de volta.
Pelos vistos, os boavisteiros preferem lembrar os êxitos desportivos do tempo do João, em vez da ruína de que ele foi protagonista... e tentam que a História se repita. Faço votos, em atenção à gente boa que torce por aquele clube, que só a parte dos êxitos desportivos se repita!
E poderiam muito bem perguntar alguns de vocês: “mas então agora interessa-te pelo futebol e pela vida interna dos clubes?”
Não! – respondo eu – Mas a partir de agora terei o desprazer de ver mais vezes nos jornais o nome de um cromo de que já quase não me lembrava. Quando, infelizmente, me lembrava dele, era como o desgraçado líder de um grupo de pop/rock ("Ban") mais ou menos insuportável (para o meu gosto), muito por culpa da voz (chamemos-lhe assim) do jovem Loureiro, ou como se isso não fosse bastante, como o “garoto” que disse um dia numa entrevista que a melhor recordação que guardava da juventude, era ter andado com o pai Valentim e alguns dos seus amigos terroristas e bombistas, no “verão quente”... a incendiar sedes de sindicatos de esquerda e alguns centros de trabalho do PCP.
Francamente, preferia não ter sido lembrado da miserável existência deste “desportista”...

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

EUA – Um regime apodrecido


Esta notícia sobre a influência e poderio da NRA, uma organização de contornos fascistas, toda-poderosa nos EUA, que defende a total liberalização e generalização do porte de arma (sobretudo, o negócio que isso gera), deve fazer-nos pensar.
Por vezes diz-se, descuidadamente, que o regime no poder nos EUA é capaz do melhor e do pior. Pelo “melhor” entende-se, normalmente, a grande arte que, em todos os géneros, alguns cidadãos norte-americanos são capazes de produzir.
Nada mais duvidoso! Na sua esmagadora maioria, esses criadores e artistas, ou vivem separados da realidade política do seu país, nomeadamente quanto ao uso privado das armas, ou, os mais consequentes, como se pode ver neste vídeo, são abertamente contra.
A triste realidade da vasta mole de gente que povoa aquele conjunto de Estados é outra e retrata aquilo que, na verdade, aquele regime pode fazer a milhões de pessoas.
Que raio de regime pode convencer milhões de cidadãos de que é normal não existir um serviço público de saúde?
Que raio de regime pode convencer milhões de cidadãos de que é normal o egoísmo fanático, a arrogância ignorante, a ignorância militante erguida como um troféu?
Que raio de regime produz uma sociedade em que muitos acreditam que a solução para o problema da criminalidade com recurso a armas de fogo... é correr a comprar mais armas de fogo? Que a solução para a violência é a escalada da violência? Que "política externa" é a predisposição para a agressão a outros países?
Que raio de regime produz mentecaptos capazes de achar que a solução para tragédias como a do massacre na escola de Newton passa por permitir que toda a gente, jovens incluídos, possam andar armados, principalmente os professores nas salas de aula?
Por mais que a imagem “fantástica” de alguns dos meus saudosos professores e professoras, sentados nas suas secretárias empunhando “canhambulos”, me arranque um sorriso... a noção de que este regime em vigor nos EUA é o principal “formatador” do pensamento único mundial... é arrepiante!
Felizmente, mesmo nestes campos minados podem germinar as sementes de uma outra sociedade... e gente que anseie e lute por ela!

Escola de Marianna – E estes... o que teriam sobre o portão de entrada?


Uma notícia passou meio despercebida entre as mensagens natalícias e as garfadas das consoadas: a descoberta das práticas "pedagógicas" e consequente desenterrar da história de uma espécie de “escola-prisão”, algures nos Estados Unido da América.
É um cenário abjecto e aterrador, feito de salas de chicote, de sala de violações, banheiras para afogamentos, seres humanos permanentemente acorrentados, etc., etc.
A panóplia de “crimes” que faziam os “estudantes” (que podiam ter entre os 5 e os 18 anos de idade) ir para àquela “escola” era vasta. Ia desde o facto de serem apanhados a fumar numa escola mais “rigorosa”, cometerem pequenos roubos, serem considerados “incontroláveis” ou “incapazes” pela sociedade... ou, simplesmente, serem órfãos. Perigosos bandidos, portanto.
No topo da tremenda pirâmide de “crimes” que justificavam as chicotadas, as violações repetidas e as execuções, destaca-se, em segundo lugar, o “crime” partilhado pela esmagadora maioria dos “estudantes”: serem negros.
Em primeiro lugar, o “crime” maior, esse partilhado por todos sem excepçãoserem pobres.
Neste relato, a ler atentamente, resta ainda um enorme pormenor: tudo começou muitos anos antes e só terminou muitos, muitos anos depois do Holocausto nazi!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Previsões económicas - Uma “doença” antiga...


Quase há vinte anos, o ex-futuro grande economista Braga de Macedo, ministro dessa "luminária" que foi - e é - Cavaco Silva, fez figura de parvo ao declarar que Portugal era um “oásis” de progresso. A realidade fez com que a gracinha lhe custasse o lugar e lhe “moldasse” o futuro.
Agora curioso, curioso... é saber quem foi o economista que lhe escreveu as tão certeiras previsões, que transformaram o anunciado crescimento em recessão e fizeram “encolher” sobremaneira as “esperadas” receitas fiscais.
Parece que foi um ainda jovem chefe de gabinete, Vítor Louçã Rabaça Gaspar... mas o melhor é ler o artigo completo, publicado pela Agência Financeira.
Afinal... o homem é coerente!...

Artur Baptista da Silva - Apenas mais um!!!


Não que isso tenha um interesse por aí além... mas, ainda assim, declaro, solenemente e para os devidos efeitos, que eu, Samuel tal, tal e tal... não sou “economista” e muito menos “funcionário da ONU”, seja em que “observatório” for!
Por essa razão, declinarei quaisquer convites para conferências, entrevistas em jornais de referência, programas de rádio ou debates televisivos.
Feito este esclarecimento, não pode deixar de me espantar o grau de inocência com que vamos, ciclicamente, abrindo as portas aos mais diversos vigaristas e aldrabões que a nossa História tem registado. Este Artur Baptista da Silva é, decididamente, um dos “bons”! Tem lata, é articulado, parece mesmo saber do que está a falar... só tem um defeito: é lento.
Tivesse ele aparecido um pouco, um poucochinho apenas mais cedo na cena portuguesa... e teria, indiscutivelmente, um lugar na governamental "coelheira" de Pedro Passos!
Posto isto, e já um pouco farto do rasgar de vestes de todos os que se deixaram enganar e as ameaças de possíveis castigos para este e apenas este particular aldrabão, registo a única coisa que me está a dar verdadeiramente gozo: a tentativa patética de apagar e reescrever a História, por parte daqueles que foram "enrolados", como é o caso do Expresso, que anuncia a intenção de despublicar das suas edições electrónicas as declarações e intervenções do mitómano que aí foram publicadas.
Se o critério for alargado às toneladas de aldrabices que têm publicado... fico, ansiosamente, à espera das “despublicações” das muitas intervenções e entrevistas passadas de (e para citar apenas uns poucos) Soares, Sócrates, Barroso, Passos Coelho, Relvas, Gaspar, Paulo Portas, o “álvaro”, Pedro Mota Soares, Paula Teixeira da Cruz, Nuno Crato, Marcelo Rebelo de Sousa, Cristas... ... ... ... ... ... ...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Afinal... não foi só o coitado do gato dos meus vizinhos...


Passos Coelho – Há que estar atento às coisas...


Vamos vendo, ciclicamente, notícias de pessoas que são apanhadas na rede da sua própria ignorância sobre a actualidade da realidade que os rodeia. Ora porque não sabiam da greve dos comboios, ora porque não sabiam disto e daquilo... ou das reais intenções e falta de vergonha na cara dos governantes que têm vindo a eleger desde há muito.
Ontem tocou a vez ao gato dos meus vizinhos. O bicho desculpa-se dizendo que não tem “facebook” e que, portanto, não tinha ouvido sequer falar do planeado “apagão” durante a «patética» (nome bem posto!)  Mensagem de Natal de Pedro Passos "Mixomatoso" Coelho.
Não desligou a televisão, nem saiu da sala... e ficou para ali, no sofá, ouvindo e vendo aquilo.
O resultado não foi nada bom!



terça-feira, 25 de dezembro de 2012

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Um novo Natal


Algures, em milhares de casas deste país, sem distinção de estatuto social, cor, ou religião, já nasceram as meninas e meninos, as mulheres e homens que transportam no coração o amor e a determinação, nos braços a força e nos olhos a luz que farão acontecer um novo “natal”... mais solidário, menos frio, menos sombrio, mais livre.
Cada um chamar-lhe-á o que quiser. Muitos de nós iremos chamar-lhe “Abril”... de novo!
Que interessa o dia ou o mês? Quando acontecer, não haverá cansaço que consiga impedir a festa, ensombrar os sorrisos, apartar os abraços ou calar os cânticos!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Elis e Maria Rita – A fusão total


Durante cinco anos foi apenas a menina da sua mãe. Tímida, armações de óculos muito grossas, um olho vendado, extremamente estrábica. E ficou órfã.
Depois “descobriu” realmente o que é ser-se filha de Elis Regina. Foi uma adolescente esmagada pela memória da sua mãe. Descobriu que fora uma artista genial, cantora inesquecível, figura inultrapassável na cena artística brasileira, um ícone da força que foi precisa nos anos de chumbo do Brasil fascista.
Só aos 24 anos teve a coragem de cantar para o mundo, embora o quisesse fazer desde muito mais jovem. Mesmo assim, deve tê-lo feito com a noção de que lhe cairiam em cima as suspeitas do costume nestes casos: que quereria fazer carreira à custa da mãe, que a imitava propositadamente... isso para além da inveja daqueles que nem precisam de razões ou desculpas para a inveja... para além da própria inveja.
Venceu! Agora, ao fim de vários anos de carreira e muitos prémios conquistados, achou finalmente que podia e devia fazer aquilo que até agora nunca tinha ousado: cantar Elis Regina.
Em vez de incluir, discretamente, uma qualquer canção do reportório da mãe num novo disco, decidiu montar um espectáculo inteiro (acompanhado de CD e DVD), em homenagem à grande Elis. O resultado é tremendo!
No primeiro vídeo podemos ouvir Elis Regina cantando um dos seus grandes clássicos, “Como nossos pais”.
No segundo, vemos a Maria Rita cantando a mesma canção, invadida, como sempre, pela herança avassaladora que carrega na voz... mas inda “resistindo” fazendo diferente aqui e ali...
No terceiro, é a rendição total. Este “Águas de Março” é arrepiante. Como se fosse um dueto cantado por um corpo só.
Há particularidades nas interpretações de uma e de outra.
Claro que a Maria Rita tem o toque extra que é a emoção de ver, segundo a segundo, concerto a concerto, o quanto a sua própria mãe é lembrada, amada e cantada em coro por tantos milhares de pessoas
Claro que a interpretação da Elis, na primeira canção, traz um dramatismo e um rasgar de voz únicos que, para além de serem a marca de água da cantora eram o resultado do facto de ser cantada sob um regime brutal de ditadura militar e censura... um “pormenor” que pode mudar para sempre a nossa maneira de cantar, como nós bem sabemos.
Bom domingo!
“Como nossos pais” - Elis Regina
(António Carlos Belchior)


“Como nossos pais” – Maria Rita
(António Carlos Belchior)


“Águas de Março) – Maria Rita
(Tom Jobim)




sábado, 22 de dezembro de 2012

Passos Coelho – Sem um pingo de vergonha na cara!


Já passaram várias horas sobre o momento do debate em que o pascácio Coelho agrediu verbalmente a deputada Heloísa Apolónia, acusando-a de mentir, vomitando a sentença mais ou menos berrada de que «não podemos dizer tudo o que nos apetece, sem sermos confrontados com a realidade», acrescentando, raivoso, «isso é uma falsidade, nunca disse isso em lado nenhum e desafio a senhora deputada a trazer afirmações minhas nesse sentido».
Heloísa Apolónia tinha apenas referido o facto (gravado e conhecido) de o pascácio Coelho ter afirmado, ali mesmo, naquele Parlamento, mas há um ano, que seria este ano de 2012... e não 2013, o ano da “viragem económica” que agora resolveu re-anunciar.
Como disse, já passaram várias horas sobre a agressão cobarde do primeiro-ministro à deputada Heloísa Apolónia... e o bandalho ainda não veio a público pedir desculpas!
A exibição impune da total falta de carácter, da total falta de vergonha na cara, “alavancada” (como eles gostam de dizer) por uma arrogância sem limites... é sempre um espectáculo degradante e nojento!

Portugal nas mão de bandidos


Tinha que dar nisto! Quando se coloca um país nas mão de bandidos, ele acaba vendido, espoliado, com milhões de cidadãos roubados para encher os bolsos aos membros do bando.
Em casos extremos, como o nosso, em que os bandidos padecem de um fanatismo patológico, o país pode mesmo acabar desfigurado geográfica e historicamente, com milhares e milhares de portugueses a ter que pensar duas vezes antes de dizerem onde nasceram, não vá a sua freguesia de nascimento ter sido extinta pela paranoia demagógica e mentirosa destes bandalhos... isso para além das dificuldades acrescidas para a vida de populações inteiras, desviadas das suas tradições, rotinas de vida, serviços públicos, etc., etc., etc.
Não, não vivemos uma época edificante! Como se não bastasse, vem, mais uma vez, o que faz de primeiro-ministro da quadrilha... tentar colocar o peso da culpa sobre os ombros dos portugueses.
Desta vez, o canalha espera que 2013 «seja um ano em que as pessoas vençam o pessimismo e não acrescentem dificuldades àquelas que já temos», insinuando que somos nós quem origina a crise e as dificuldades por que estamos a passar. Insinuando que o estado miserável da sua governação não passa, afinal, de um “estado de espírito”, de que é o povo, “piegas e pessimista”, o único culpado.
Não satisfeito com isso, acrescenta ainda o canalha que «às vezes parece que há quem queira mais pessimismo e mais dificuldades»... a velha e fascista calúnia contra todos os que se opõe à política oficial e cometem o “crime” de anunciar, com antecedência, os seus resultados nocivos.
Pessoalmente, não quero nem mais “pessimismo” nem mais “dificuldades”. Provavelmente, nem sempre sei sequer aquilo que quero… excepto quanto ao futuro deste miserável que dá pelo nome de Pedro Passos Coelho e da sua abjecta quadrilha. Isso sei muito bem!!!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

TAP – A luta continua...


Claro que, tal como diz aqui Bruno Dias, deputado do PCP, o cancelamento da privatização/oferta da TAP é uma vitória... ainda que seja apenas uma vitória pontual numa guerra que não vai terminar aqui.
Triste governo este... que mesmo quando é forçado a fazer uma coisa certa, fá-lo pelas razões erradas, não assumindo que, pura e simplesmente, estava equivocado.
Antes pelo contrário, fá-lo garantindo de imediato que, na primeira oportunidade, insistirá no erro criminoso de privatizar a Transportadora Aérea Portuguesa, contra os interesses de Portugal e dos portugueses.


Fim do mundo – Espero para ver...


O título do Correio da Manhã é taxativo: “Putin sabe quando vai acabar o mundo”. É coisa para ainda demorar uns milhões de anos. Depois, no texto explica que a convicção do Presidente russo se prende com o natural ciclo de vida do sol, e tal... Faz sentido!
O que fica por saber é se será ele que estará, nessa altura, na cadeira de Presidente, ou se estará na cadeira de primeiro-ministro, cadeiras que vai trocando sempre, sempre e outra vez... com o seu “empregado para todo o serviço” Dimitri Medvedev.
Ou então o actual Presidente não vai durar assim tanto... e a sucessão será garantida em regime dinástico, o que quer dizer que, nos próximos milénios, a Rússia será governada por uma interminável dinastia de “filhos de Putin”.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Banco Santander – Um repentino “surto” de xenofobia


É uma estória de Natal extremamente curta... já que as canalhices têm, por vezes, enredos muito simples:
Paulo Ribeiro trabalha numa sucateira, deram-lhe um cheque de cento e poucos euros e como o banco ficava em caminho, decidiu levantar o dinheiro.
Decisão “errada”!!!
A indumentária de trabalhador de uma sucateira, mais o muito provável cheiro que condiz com os materiais envolvidos, estão fora do código de “fardamento e perfume” do Banco Santander desta freguesia de Braga.
Logo... rua com o cliente! Atende-se o indesejável no passeio e nem se lhe permite sequer o acesso ao livro de reclamações... ainda por cima, era facilmente confundível com um romeno!!!
O “Espírito de Natal”, tão presente em toda a parte, por estes dias... assume, por vezes, formas muito, mas mesmo muito, muito estranhas!
Mas isto é agora, na quadra natalícia. No resto do ano este "espírito" não passa de simples xenofobia e do célebre “racismo” contra os aparentemente pobres, por parte dos lacaios do dinheiro, arvorados em guardiões da “higiene social” nos templos do “deus capital”.

Cavaco Silva – Ah... se não fosse Presidente!...


Mais uma vez, Cavaco Silva opta pelas encolhas e não envia o Orçamento Geral do Estado para o Tribunal Constitucional, apesar das opiniões de constitucionalistas, apesar dos avisos, dos apelos, das denúncias de irregularidades... de tudo a que chamou "pressões".
Mais uma vez, Cavaco Silva não vê inconstitucionalidades no Orçamento de Estado. Um Orçamento de Estado criminoso, contra os interesses dos portugueses e de Portugal, que trai o país, que destrói o património, que sequestra o futuro. Porém, como tudo indica, tal como no anterior, provavelmente em maior número e mais gravidade ainda, as inconstitucionalidades estão lá!
Não se tratasse de Sua Excelência o Senhor Presidente da República... e seria caso para pensar que é:
Conivente
Cúmplice
Membro da súcia
Lacaio
Hipócrita
Incompetente
Cobardolas!!!
Mas não! Uma coisa dessas pode lá ser!!!?

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

José Dias Coelho – 19 de Julho de 1923 / 19 de Dezembro de 1961


Porque sem memória... somos pouco mais do que “vegetais”!
“A morte saiu à rua” – José Afonso
(José Afonso)



Vítor Gaspar – A mentira como ofício


Pois não... e Gaspar, ao que parece, ou é um sonso, ou então não é lá muito esperto, tal como todos aqueles que insistem neste “refrão” idiota, enquanto Portugal vai caindo, caindo, fazendo o mesmo caminho da Grécia... com um ano de atraso.
Lembra a estória do homem que caiu do cimo de um arranha-céus de 80 andares e quando passou pelo 70º disse “até aqui, tudo bem!” e quando passou no 50º repetiu mais animado “até aqui, tudo bem!”... e depois outra vez no 30º... e no 20º... e no 10º... e no 5º... ...

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Crianças vítimas - Desculpem-me a brutalidade...


Mesmo sabendo que posso estar a convocar a ira de todos aqueles que, ainda que não o confessando de viva voz, acham mesmo que uma criança branca alemã, francesa ou norte-americana, vale mais do que dez, ou mesmo cem crianças negras, árabes... ou, como diriam Caetano Veloso e Gilberto Gil, quase negras ou árabes, de tão pobres... ainda assim atrevo-me a este desabafo:
Embora também horrorizado com o massacre tresloucado das crianças da escola dos EUA e entendendo o atractivo editorial (e comercial) das catadupas de notícias sobre as crianças assassinadas, as professoras heróis, a mãe amante de armas, as lágrimas de Obama, o choque de Passos Coelho, etc., etc., etc... ainda assim, como ia a dizer, gostaria de lembrar aos nossos queridos directores de informação dos vários media que as crianças até hoje chacinadas pelos aviões israelitas na faixa de gaza, ou as crianças do Iraque, ou do Afeganistão, até hoje chacinadas por aviões pilotados pelos “irmãos mais velhos” de crianças norte-americanas exactamente iguais àquelas da escola de Sandy Hook, em Newtown, Connecticut... também eram lindas, todas gostavam de ir (ou poder ir) à escola, todas gostavam de (ou poder) brincar, todas tinham mãe e pai e irmãos e amigos... e um futuro à sua frente. Essas nunca têm nem uma pequena fatia desta atenção por parte dos media.
Tanta parcialidade enoja!!!

Cavaco Silva – Quando mais seria precisa... é que não há uma fatia de bolo-rei!


O Presidente da República, a fazer fé nas notícias, diz, por um lado, que está a analisar o Orçamento de Estado «com todo o cuidado». Por outro, que «não vai ceder a pressões» relativamente ao mesmo orçamento de Estado.
Que diacho quererá dizer Aníbal Cavaco Silva?
Que outras leis, antes desta, têm sido promulgadas pelo Presidente... descuidadamente?
Que outras leis, antes desta, têm sido promulgadas pelo Presidente... cedendo a pressões?
Ou será que tudo não passa de um estranho gosto do Presidente pelas afirmações escusadas e inúteis?

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Angola – Terríveis memórias, tristes confirmações!





Há já mais de cinquenta anos disse Salazar: «Para Angola, rapidamente e em força!»
Aquilo que se seguiu, até depois de Abril de 74, é História.
Chegam agora notícias de documentos arrasadores, que relatam atrocidades, massacres, decapitações levadas a cabo por tropas portuguesas.
Desculpem-me a crueza... mas qual é a novidade? Já se conheciam relatos, poemas, até canções... e para jogar à bola, divertidamente, com cabeças de pretos...  alguém teria que as cortar antes, não?!

"A bola" - Luis Cília
(Jonas Negalha/Luis Cília)




Passos Coelho – O “benefício da dúvida”


Pedro Passos Coelho veio dizer alto aquilo que muitos canalhas pensam mas não dizem: “Os reformados são uns privilegiados!” Onde é que já se viu... não trabalhar e ainda por cima receber dinheiro todos os meses.
Eu sei que vêm logo uns tantos dizer que um discurso assim, generaliza a ideia nojenta e populista de que “os jovens de hoje estão a trabalhar para pagar as pensões de quem não trabalha”.
Eu sei que, dada a ignorância que habita os cérebros quase vegetativos de muita gente, este é um argumento que faz muito sucesso em algumas tascas... argumento de muito fácil penetração nesse específico tipo de cérebros.
Eu sei que até parece que este género de discurso é um empurrão aos jovens trabalhadores, para que votem pelo abandono da Segurança Social, em favor da capitalização em bolsa de fundos de pensões privados.
Eu sei que vêm sempre alguns com a desculpa de que quase toda aquela gente trabalhou uma vida inteira e fez descontos para a sua aposentação. Eu sei que há até uns “líricos” que, a pretexto de aquela gente ter colocado dinheiro que era seu, retirado aos seus ordenados, nas mãos do Estado para que este o guardasse, tem direito às reformas... chegando mesmo a pretender que o Estado lhes deve esse dinheiro!
Sou capaz até de entender as "irritações" de pessoas da CGTP, ou do PCP, "Verdes""Bloquistas", "Indignados" e tantos, tantos outros, em movimentos organizados ou não... por pertencerem ao grupo desses “líricos”.
Seja como for, havemos de concordar que há reformados e reformados. Para todas a grandes regras, há excepções.
Daí eu ter decidido, contra o que me é habitual, dar o "benefício da dúvida" ao nosso "estimado" primeiro-ministro, quando ele diz que «os pensionistas não descontaram para terem pensões tão elevadas». Quero crer que Passos Coelho não está a tentar virar os trabalhadores contra aqueles que já trabalharam. Quero acreditar que o primeiro-ministro não é um simples canalha. Quero acreditar que Passos Coelho se está a referir apenas às excepções...
Excepções como a descaradona da sua colega de partido, que a cada dia prova ser feita do mesmo lixo dos seus amigalhaços do Governo, e cuja única gracinha já consiste apenas no penteado “alternativo”... descaradona que, por retribuição de uns tempitos de trabalho no “tribunal não sei das quantas”, desde os 42 aninhos de idade que todos os meses abocanha uma reforma tal, que a fez prescindir do ordenado de vários milhares de euros por mês a que teria direito enquanto Presidente da Assembleia da República.
Apesar de Marcelo Rebelo de Sousa ter outra opinião... aposto que é isso. Passos Coelho está a apenas a “amandar” uma indirecta à dona Assunção Esteves!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Rhapsody in blue - Um dos eleitos...


Aposto que Gershwin esperaria tudo menos vir a ter a sua “Rhapsody in Blue” tocada desta maneira, numa de harmónica e por um pequenote chinês de nome Leung Pak.
Aposto também que o aplaudiria sem reservas!
Suspeito que chamaria umas coisas que eu cá sei aos vários imbecis que, na internet, chamam ao miúdo “mais um robot da China” e que, para tocar desta maneira, só pode ter sido “forçado”... coisa que nunca lhes passou pela cabeça, sempre que admiram uma qualquer menina ou menino-prodígio ocidentais.
Na cabeça dessas bestas é natural que nasça a convicção de que é possível forçar alguém a tocar assim, a “sentir” assim a alma desta Rapsódia em Blue... não sabendo que este “blue” é uma coisa que não se ensina, nem se explica, nem se força. Atinge apenas alguns seres, como uma luz...
São oito minutos de encanto sereno e de um brilho que faz bem à alma.
Bom domingo!

"Rhapsody in blue" - Leung Pak
(George Gershwin)



sábado, 15 de dezembro de 2012

Cavaco Silva – De cortar a respiração!



Ontem, num escusado, descuidado e muito infeliz movimento de zapping, apanhei com o “pastel de belém” a desejar-me «um ano de 2013 tão bom quanto possível»... mas isso não foi o pior.
O pior foi que só mesmo quando aquilo chegou ao cabo e aos votos finais da cavacal criatura, é que a dona Maria disse umas coisas quaisquer que agora não me recordo... mas que, na altura, foram um grande alívio.
É que até aí, a senhora estava para ali, prantada ao lado dele, sem expressão e abanando a cabeça ao ritmo das palavras do estrupício... e pensava eu:
Querem ver que a senhora está doente e o Cavaco teve que trazer para a mensagem de Natal a versão em porcelana que costuma andar na janela de trás do carro oficial a abanar a cabecinha a cada solavanco da viatura para grande divertimento da pequenada que passa nos outros carros e diz para as mães olha mamã uma boneca que abana a cabeça como os cãezinhos de louça da avó! – pensei eu tão aflito que até me esqueci de fazer a pontuação ao pensamento.
Agora que já passou o susto... obrigado e igualmente, senhor Presidente!