quarta-feira, 31 de julho de 2013

Moção – Não confio nesta canalha nem para me dizer as horas!


Deixando de lado a originalidade de ver discutida e votada no Parlamento uma “moção de confiança” ao governo... por iniciativa do Presidente da República, o espectáculo de ver um conjunto de cromos, isolados, sozinhos, com o país a voltar-lhe as costas, discutindo e votando uma moção de confiança em si próprios, seria apenas ridículo.
Sabendo-se, como se sabe, que o governo é constituído por um bando de facínoras que a última coisa que fazem é confiar, sequer, uns nos outros, então ocorre-me uma palavra para classificar o espectáculo:
Grotesco!
Mas nem tudo está mal para eles! Eles trabalham para alguém que os aprecia devidamente! Há sempre alguém que condiz e se identifica com a “classe” da sua governação: a elite podre que manda no país económico e financeiro, uma elite que sempre foi capaz de produzir manadas de vacas como esta, da ganadaria “Espírito Santo” que, comentando o seu prazer em ir para a Comporta, para a herdade de luxo, propriedade da família... e pelo facto de ali ser obrigada a um estilo de vida “mais simples”, declarou que «é como brincar aos pobrezinhos».
Que figuraça fariam algumas destas “cabeças”* numa Revolução a sério!

* Não, não estou a defender a guilhotina para casos como o desta débil mental da família “Espírito Santo”... nem para quaisquer outros! Os "do costume" podem e devem evitar o ridículo de irem por aí...

terça-feira, 30 de julho de 2013

Cultura – Porra... até o António Ferro era melhor!!!


Puxando a brasa à minha sardinha, viro-me hoje para a política cultural deste governo em “novo ciclo”... ou, para ser mais exacto, para a ausência, verdadeiramente enxovalhante para o país e para a inteligência, dessa política.
Por mais voltas que deem os marmanjos que nos governam, por mais números de que falem, por mais orçamentos e verdades que “martelem”... um país, ou uma qualquer geração desse ou de qualquer país, um povo, uma época, são lembrados pelas suas realizações enquanto seres portadores de espírito e sim!, pela sua criação cultural. Nunca pelo cinzentismo bacoco dos “passos coelhos”, das histéricas e irrevogáveis cambalhotas dos “paulos portas”, ou com a sonsice insuportável das “marias luíses albuquerques”, a pouca vergonha dos “machetes”.
Mais uma prova do plano miserável de destruição de Portugal que estes bandalhos estão a levar a cabo... é, seja no “velho ciclo”, no “novo ciclo” e com ou sem remodelação... a total ausência de notícias sobre qualquer actividade governativa que se pareça, ainda que vagamente, com uma política para a cultura.
Destruído que foi o Ministério da Cultura – o que é uma coisa que fica sempre bem a um país com criadores como tem Portugal – Viegas, feito “secretário”, não deu conta do recado. Provavelmente, porque não havia qualquer recado para dar conta.
A seguir, Passos contratou um empregado de que nem guardei o nome (e nem sei se foi reconduzido na remodelação), que lhe vai tratando de uns “recados” que não possam de todo ser evitados e, com a pontualidade de um relógio, vai assinando cortes sobre cortes sobre tudo o que cheire a cultura. O pobre coitado não tem existência! As pouquíssimas notícias que é possível arrancar à internet sobre actos oficiais ligados à cultura, aparecem "assinados", anonimamente, pela Secretaria de Estado.
Depois fiquem ofendidinhos e com dói dói... se os compararmos aos outros que sempre que lhes falavam de cultura, puxavam da pistola!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Requalificação – Provavelmente...


Provavelmente, ainda restam algumas almas “simples”, que não entenderam que a “requalificação” que o governo anuncia e está (provavelmente, contra a Constituição) a fazer passar na Assembleia, não passa de uma forma cobarde de designar os despedimentos puros e duros que a troika ordenou para a Função Pública.
Provavelmente, ainda restam algumas almas mais “simples” ainda, que acham ser possível um funcionário público ser despedido, digamos, aos cinquenta ou cinquenta e cinco anos de idade... e, num universo de mais de um milhão de desempregados, ter condições de ir «fazer alguma coisa para outro lado», como disse Passos Coelho no estilo insultuoso, provocador e canalha a que já nos habituou... e que este "fazer alguma coisa" tão bem exemplifica.
Provavelmente, se um funcionário publico “requalificado” encontrar na rua o senhor primeiro-ministro, ou qualquer um dos seus cúmplices, e tomar a iniciativa de lhe partir os dentes, consegue o feito inédito de juntar duas “justas causas”:
1. A “justa causa” para o mais que provável processo disciplinar seguido de despedimento.
2. A mais do que justa causa que o levou a decidir “requalificar” as fuças do senhor governante.

Governo Passos/Portas – O “novo ciclo”...




Confesso-me bastante dividido!
Na verdade, não sei o que me provoca mais asco:
1. Se a fase em que este bando de canalhas que se vendeu aos interesses dos especuladores internacionais, comprometendo-se a roubar tudo o que o país tivesse de interesse para esses especuladores... e nos “vendiam” isso com o discurso da inevitabilidade, enquanto iam destruindo a nossa economia, enriquecendo os já ricos e roubando os trabalhadores...
2. Se esta fase em que o mesmíssimo bando de canalhas que se vendeu aos interesses dos especuladores internacionais, comprometendo-se a roubar tudo o que o país tivesse de interesse para esses especuladores, vai continuar a destruir a nossa economia, enriquecendo os já ricos e roubando os trabalhadores... mas desta vez chamando-lhe “um novo ciclo”, para o desenvolvimento, criação de emprego...
... ou então, a minha grande dificuldade em distinguir, deve-se ao facto de os discursos oficiais das duas, pretensamente, diferentes “fases”, me provocarem um único, imenso, incomensurável asco... tal a repugnância!

domingo, 28 de julho de 2013

Pedro Passos Coelho aposta na “União Nacional”


Pedro Passos Coelho, o emplastro que faz de primeiro-ministro, apela a acordo com o PS para «clima de união nacional».
Se não fosse estúpido, para além de todas as restantes “qualidades” que se lhe reconhecem, saberia que – ainda que o pense - não devia dizer uma tal baboseira. Seguro (muito justamente) não gosta da expressão, a esmagadora maioria dos dirigentes e militantes do PS não gosta... e até uma boa parte dos membro do PSD, aqueles que ainda vivem a ilusão de pertencer a um partido social-democrata, não gosta.
Alguém deveria informar o garotão do facto de já termos sido “agraciados” com uma União Nacional. Durante décadas. Não correu bem!
Independentemente de o garotão saber, ou não, o que está a dizer, alguém deve fazer-lhe o favor de o informar de dois problemas de "pormaior" no seu plano de criação de uma qualquer “União Nacional”:
1. Ele está longe de ter o “estofo” de Salazar.
2. A esmagadora maioria dos portugueses não tem a menor intenção de lho permitir!

sábado, 27 de julho de 2013

Maria Luís Albuquerque – Uma questão de “intensidade”?




Já não está em causa se a dona Luís sabia ou não sabia do problema dos swapSabia! Já não está em causa se na passagem das pastas ministeriais houve muita ou pouca informação. Houve informação! Já não está em causa se os swap são pouco ou muito ruinosos para o Estado e as empresas. São ruinosos!
Não se trata, portanto, como costumam discutir alguns comentadores de futebol a propósito das faltas que acham dignas de cartão... de uma questão de “intensidade”.
Esta novela da dona Luís e dos swap lembra-me a estória de uma jovem senhora que se preparava para entrar no gabinete do marido, administrador de uma empresa... e foi barrada à porta pela velha secretária do marido, que já tinha antes sido secretária do seu pai, o dono e fundador da empresa... que lhe atira, embaraçada:
- A menina Cristina não entre aí!
- Mas não entro porquê dona Fernanda? Ele está nalguma reunião?
- Não... mas não entre!
- Mas não entro porquê?! Desembuche lá...
- Olhe menina... não há outra maneira de dizer isto: o seu marido está lá dentro com a sirigaita das fotocópias... assiiiimmm!!! – e acompanhou o “assim” com gestos que indiciavam grande agitação de pernas e braços.
A pobre Cristina entrou disparada no gabinete e segundos depois saiu com cara de poucos amigos.
- Olhe lá, Fernanda... você está maluca, ou o quê?!
- Mau! Não me vai dizer que ele não está lá enrolado no sofá com a sirigaita...
- Está!!! Está... mas não está assiiiimmm!!!, como você disse!
E pronto. A questão não é saber se a senhora ministra Luís mentiu assim... ou assiiiimmm!!!.
Mentir, nas condições, local e situação em que o fez, é motivo para demissão do cargo e não apenas uma “coisa feia”.
É um crime!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Passos Coelho - Os avarentos dos portugueses estão a dar cabo da economia...


O meliante e chefe de meliantes que temos como primeiro ministro, abraçou, de forma cega e fanática (passe a redundância) uma política de brutal austeridade, gabando-se mesmo de ir para além das exigências, já de si criminosas, da troika ocupante.
Assim, destruiu mais de meio milhão de postos de trabalho aumentando para um milhão o número de desempregados, levou à falência milhares de empresas, cortou pensões, vencimentos, apoios sociais, levou ao limiar da pobreza milhares de trabalhadores com emprego e à miséria milhares de desempregados e idosos.
Agora, com o descaramento de provocador a que já nos habituou... é capaz de dizer:
«A crise tem sido mais forte porque as pessoas gastaram menos do que previmos»
Portanto, os culpados da crise, são os malandros dos portugueses que recorrem à “desculpa” de terem muito menos dinheiro, para justificar a atitude “anti-patriótica” de gastarem menos do que aquilo que o senhor primeiro-ministro previa.
Qual o grau de insolente desfaçatez que é preciso... 
para bolçar uma tal canalhice pela boca fora?

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Cavaco – Mais uma mensagem...


Cavaco Silva, decididamente, tomou o gosto às “mensagens”! Desta vez, segundo os jornais, o destinatário foi o “bebé real” Jorge Alexandre Luís.
Kate e William estão muito agradecidos a Cavaco Silva. 
Parece que o bebé, finalmente... conseguiu pegar no sono!

Rui Machete – O irrepreensível


Tal como Jerónimo de Sousa, também vejo que o problema é o governo num todo e as suas políticas... e não este ou aquele fulano em particular. Claro que vejo! Só que isso não me impede de apreciar o facto de este governo ter fulanos verdadeiramente supimpas.
Este, por exemplo, que durante uns tempos continuará a originar ruins manchetes... acha que a “podridão” está do lado dos que ousam questionar a sua passagem pela cúpula do BPN, o tristemente célebre banco laranja, cujo banditismo (por hora impune) todos estamos a pagar.
Mas vamos ser caridosos e aceitar que, como dizem os seus comparsas, o currículo do homem é um livro aberto. Isto, independentemente de, ostensivamente, numa manobra parvamente sonsa, dirão alguns, mas certamente apenas por esquecimento, lhe faltarem uns pedaços...

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Governo Passos/Portas – A mudança


Custa-me muito resistir à tentação de imaginar Portas ou Passos num “reality show” de televisão que poderia chamar-se, sei lá... “Querido mudei o governo!”... mas prefiro resistir.
Prefiro deleitar-me com a forma deliciosamente recorrente com que a realidade vai reconfirmando certas frases-feitas.
Prefiro fazer um curtíssimo intervalo nas tão habituais, mal humoradas e possivelmente repetitivas críticas ao governo, para apreciar por uns breves momentos de descompressão o sempre edificante, clássico e criativo espectáculo... da mudança das moscas.

terça-feira, 23 de julho de 2013

A culpa é dos que vão à falência e dos malandros dos desempregados!


Argumenta o (ainda) primeiro-ministro que o governo não aumentou as suas despesas. O que aconteceu foi uma diminuição da receita em impostos, quebra de produto interno bruto, etc., etc., etc. ... tudo, como toda a gente sabe, coisas com as quais as políticas do governo nada têm que ver.
Ficamos então a saber que os milhares de falências de micro, pequenas e médias empresas, que deixam de pagar impostos e lançam no desemprego centenas de milhar de trabalhadores que deixam igualmente de pagar impostos ao mesmo tempo que deixam de ter poder de compra, o que leva a uma diminuição da produção por falta de consumo interno, o que leva à falência de milhares de micro, pequenas e médias empresas, o que leva a...
Nada disto, portanto, é da responsabilidade do governo e das suas políticas económicas! Nada disto é resultado da realidade externa que nos é imposta pela gula criminosa dos “mercados” e a que Passos se submete como um lacaio.
Como não consigo acreditar que Passos Coelho seja assim tão liminar e extensamente estúpido... tenho que regressar à minha convicção de sempre: é um canalha!

Concurso cavacal – Vamos lá desfranzir as testas por uns momentos!


Surripiando o “sumo” da ideia a um amigo... proponho um pequeno teste/concurso muito simples, que tem como única utilidade a possibilidade de passarmos uns momentos de testa um pouco mais desfranzida. Quem sabe, até sorrir...
1. Concentrem-se.
2. Observem atentamente as mãos de Cavaco e a expressão do rosto e dos olhos.
Pergunta:
Com base no resultado da vossa observação, o que é que está mais vazio nesta imagem?
a) As mãos.
b) O cérebro.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Kate Middletton


Kate Middletton já entrou em trabalho de parto” – diz-me o agregador de notícias do Google de cada vez que passo a vista pelas notícias... como quem estivesse, pela repetição exaustiva da notícia, a insistir numa qualquer reacção da minha parte. A dar-se o caso de ser essa a intenção...
Parabéns! Folgo em saber que há, pelo menos, um elemento da “família real” que está, realmente... a trabalhar!

Cavaco no seu normal...



Com a falta de vergonha no focinho que os caracteriza, os partidos onde pontificam – para usar o termo tão caro ao mundo futebolístico – os bandidos e lacaios apostados em continuar a esmifrar milhões aos portugueses, a destruir a economia, em vender o país ao desbarato, passam agora, de forma tão automática quanto fraudulenta, ao discurso do crescimento, do reforço da economia, da criação de emprego. Isto, tendo a evidente intenção de continuar a política de recessão, capitulação e desastre que praticaram até aqui.
Com a falta de vergonha no focinho que os caracteriza, tanto PSD como CDS (como a cavacal figura), fazem de conta que não colocaram o país na situação miserável em que está e que basta o, digamos assim... “presidente”, decidir que tudo está normal e em “plenitude de funções”, para podermos recomeçar do zero, como se o país e os portugueses fossem uma qualquer espécie de maquineta electrónica digital, a que se pode fazer “reset”.
Depois de passar a maior parte do tempo, em que tartamudeou banalidades, a fazer desfilar uma enjoativa procissão de “ses” e “eu é que tenho razão”,Cavaco decidiu que os partidos que agora não se entenderam... vão ter que se entender no futuro.
Portanto... se ele é que tem razão, se nada do que aconteceu ou acontecerá pode mudar a política que Cavaco acha ser a que os mercados querem... e se os partidos que agora ele quis “coligar”, embora não o tendo feito agora, acabarão por fazê-lo... por que diacho haveria o povo - que não entra nestas equações cavacais ou dos mercados – de ser chamado a eleições antecipadas?
Serviu mais esta enjoativa palestra de Cavaco, pelo menos para uma coisa verdadeiramente “excitante,  que foi ver nascer em directo na televisão a frase mais estúpida de toda esta crise política. Depois de ordenar a CDS, PSD e PS, que reunissem, se entendessem e assinassem um compromisso... Cavaco declarou hoje, com o ar solene que aquela sua cara “inteligente” permite:
«Desde a primeira hora, dei o meu apoio inequívoco à realização desse Compromisso»
Quer isto dizer que, se este “inequívoco apoio” a uma coisa que ele próprio determinou mereceu tal destaque, é porque Cavaco Silva terá, noutras ocasiões, aconselhado e ordenado coisas que não apoiava inequivocamente.
E pronto. Nada acaba aqui. Sei que a luta continua… e deve continuar em termos claros e recorrendo a argumentos e métodos escorreitos e legítimos… mas hoje estou farto!
Hoje, tudo o que me apetece dizer – e até fazer – é tão contraproducente e, há que confessá-lo, tão ostensivamente ilegal… que o melhor é que (por agora) fique “no tinteiro”.

domingo, 21 de julho de 2013

Papa Francisco – Duas notícias imbecis


Antes de mais, faço questão de deixar claro que estou convencido de que o Papa Francisco não terá contribuído – pelo menos de forma consciente e voluntaria- para que estas notícias imbecis fossem dadas à estampa. Posto isto...
Primeira notícia:
Haveria muitas coisas importantes que, a serem vistas pelo chefe de Estado do Vaticano na sua visita ao Brasil, poderiam ser chocantes. Como pode alguém não se chocar com a miséria que ainda persiste num país tão imensamente rico? Como pode alguém não se chocar com as favelas artificialmente “pacificadas” pela ocupação do exército e polícia de choque? Como pode alguém não se chocar com a imutável corrupção, o crime... tudo aquilo a que a política, o mais das vezes, bem intencionada, dos governos de Lula e agora de Dilma, ainda não conseguiu inverter e vencer?
Infelizmente (deve ser azar meu), a única notícia sobre uma coisa que alguém, deliberadamente, fez questão de esconder da vista do Papa Francisco, foi a de um “cromo” que destruiu umas tantas das suas próprias esculturas de areia, de mulheres em biquíni, deixando apenas uma, mas ainda assim, “coberta”, para evitar o choque pontifical com a visão dos enormes rabos de areia.
Segunda notícia:
A Igreja Católica pretende conceder indulgências e perdões, em condições que não cheguei a apurar em pormenor, devido ao riso, aos pecadores que sigam o Papa... no “Twitter.
Não quero comentar esta novidade dos perdões via internet, pelo “Twitter”... mas espero, com justificada e preocupada ansiedade, o dia em que decidam conceder indulgências e perdões... também nas “raspadinhas”.
Se a minha papelaria/banca de revistas habitual já é a grande confusão que é, agora... eu nem quero imaginar o tremendo granel que ali se vai instalar...

sábado, 20 de julho de 2013

Pôr as aspas nos “is?”


Vocês nem imaginam a despesa que eu tenho todos os meses em “aspas” que, como vêm, uso para tudo e mais alguma coisa... até para escrever a palavra aspas.
De quando em vez, não porque elas se me esgotem, sinto-me suficientemente aventuroso para tentar fazer passar uma ironia, uma farpa, uma simples piada, sem o recurso às famosas e sempre úteis e explicativas aspas.
Como se pode ver pelo resultado desta minha frase do post anterior, «Seguro subiu um ponto na minha consideração», em que por falta de aspas, digamos, na palavra “subiu”... lá ficaram alguns amigos e amigas a pensar que a triste figura que o homem fez em toda esta estória, alteraria de alguma maneira o que penso sobre ele. Na verdade, Seguro não subiu nem desceu! Seguro é o que é!
Já agora, antes que me esqueça... o que faz falta não são acordos de “salvação nacional” cozinhados à direita, na tentativa de salvar os seus negócios e interesses particulares vários, mas sim a dissolução imediata do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas!
Já agora, antes que me esqueça... sim, seria importante que continuassem os contactos, compromissos e procura activa de convergência de objectivos entre o PCP, o BE, Os Verdes, independentes de esquerda, movimentos cívicos, etc., para que, depois de apurados os resultados eleitorais de cada um, se encontrasse uma plataforma de acção concertada que “despertasse” o PS (ou pelo menos uma boa parte dos seus militantes e simpatizantes) para o que faz falta: uma mudança efectiva de política. Feita para o povo e para os trabalhadores e não para a banca e os mercados.
Tudo isto, partindo do princípio pessimista (ou simplesmente realista, para outros) de que estes contactos e convergência não serão possíveis com o PS, antes das eleições.

Não é um mistério!

A montanha da “salvação nacional” nem chegou a parir o rato – Aquilo era mais “gases”...



António José Seguro subiu um ponto na minha consideração! Confesso que a sua figura nunca me mobilizou o suficiente para tentar conhecer, mais aprofundadamente, os meandros do seu pensamento. Assim, não me é possível saber se disse NÃO por uma questão de convicção... ou em resultado das pressões – algumas acompanhadas da ameaça de cisão – de alguns sectores do seu partido.
Enquanto a posição do PS for a de cumprir o “memorando de entendimento”, como eles gostam de chamar ao tratado de capitulação que co-assinaram com atroika, era indiferente que houvesse, ou não, acordo nesta “marmelada salvacionista” inventada pelo brilhante intelecto de Cavaco Silva.
Independentemente da minha discordância com o PS quanto à questão de fundo, teria ficado bem mais impressionado se Seguro tivesse levado o tempo que um grande líder de um partido que se pretende de oposição deveria ter demorado a dizer não: cerca de dez segundos.
Pessoalmente, quero crer que uma fortíssima contribuição para o NÃO de Seguro, foi dada, afinal... por Passos Coelho. Na verdade, foi sempre transparente a irritação que esta vingança de Cavaco lhe provocou, o que o levou a passar todos os dias que durou esta “negociação”, ocupado a dinamitar qualquer hipótese de acordo. Comportando-se publicamente como um garoto malcriado, como um simples provocador... como o calhordas que já demonstrou ser.
Como dizia um amigo, só tenho um “adjectivo”: gostei!
Agora, a bola foi devolvida a grande velocidade em direcção à cara de Cavaco Silva. A bem da sua dentadura, espero que seja capaz de a agarrar.
Como terá aprendido com os exemplos dos indígenas, durante a sua mais recente visita de Estado... o verdadeiro Presidente... é o “cagarra”.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

País de opereta


Fantástico! Se vencer as eleições... espero que a penitenciária tenha um bom auditório, com as condições técnicas necessárias para a realização das assembleias de eleitos, mais os eleitores que queiram assistir e participar nas sessões.

Soares – Mais do mesmo...



Zorrinho lá fez o que pode e sabe... ou seja, pouco e mal, para justificar porque é que apoiava a moção de censura dos “Verdes”, ao mesmo tempo que aproveitava para lhes faltar ao devido respeito em pleno debate... e ao mesmo tempo que o seu partido está de casa e pucarinho numas negociações com os partidos que se preparava para “censurar” na Assembleia da República. Sem saber muito bem para que lado cair, Seguro optou por baralhar e criar “ruído” fora das bancadas, enquanto falava o ainda primeiro-ministro.
Foi um atrapalhado número de equilibrismo no arame, embora com rede. Aliás, este tipo de gente tem sempre muita rede... e ainda mais “arame”.
Seja como for, o de hoje é sobre uma figura incontornável do partido de Zorrinho e de Seguro, o histórico Mário Soares, a quem não posso negar o “nervo” que o faz, quase com 90 anos, continuar a ser... igual a si próprio.
Soares sempre preferiu juntar-se com a direita, preferência em que mostrou até ser pessoa de muito boa boca. Na verdade as suas ligações foram desde o PSD ao CDS, mas não hesitou, quando isso lhe interessou, em ligar-se aos sectores fascistas da igreja católica e o seu célebre cónego bombista, ou mesmo a cultivar a amizade, que dura até hoje, do representante da CIA em Portugal, para conspirar contra a Revolução de Abril... mesmo que isso levasse – como levou – à morte de cidadãos portugueses.
Por qualquer razão obscura de cálculo eleitoralista, desta vez Soares não está de acordo com as conversações da “salvação” com o CDS e o PSD, em que o seu PS se deixou envolver ao morder o isco de Cavaco Silva.
Boa! – pensaria alguma alma mais ingénua – O homem teve um “não sei quê” de esquerda...
Nada mais errado! Soares não está contra o acordo de “salvação” por este ser a capitulação – mais uma – do PS à direita, nem por esse acordo, a ir para a frente, ser o garante da continuação das políticas criminosas deste governo de delinquentes. Não é pela continuação dos roubos e dos ataques aos direitos de quem trabalha, ou de quem já trabalhou e vê as suas reformas assaltadas. Não é pelo recrudescimento do desemprego, das falências de pequenas empresas, queda na produção nacional, da degradação da saúde, da degradação do ensino, da emigração dos jovens... da pobreza.
Não! O grande Soares não está de acordo... porque isso, no seu entender, iria dar proventos ao PCP.
Nááá... hoje nem preciso de fazer comentários...

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Cavaco Silva – Um filósofo na madrugada



Devemos dar graças a todos os deuses do olimpo e aos restantes que, entretanto, tenham sido inventados, pela bênção das novas tecnologias que permite o milagre das comunicações a longa distância.
Se não fosse a sua existência (das comunicações, claro!) como tomaríamos conhecimento da frase estremunhada do marujo Cavaco, cometida às tantas da madrugada e com a qual resolveu fazer um “intervalo no recato”?
«Nada está acordado, enquanto tudo não estiver acordado» – disse a cavacal figura a bordo da Vasco da Gama.
Ficam várias dúvidas:
1. Estava a bordo da Vasco da Gama (fragata)... ou “a bordo" de uma Vasco da Gama (garrafa de Vidigueira branco)?
2. Estava a enviar uma indireta aos intrépidos negociadores da “salvação”... ou a fazer o serviço de despertar para a marujada da fragata?
3. Sofreu um surto de sonambulismo falante?
Como um azar nunca vem só, ainda meio azamboado pela noite mal dormida, quando resolveu interessar-se pela fauna local, tocou-lhe em sorte um “calca-mar”, um passaroco que só põe um ovo por ano. Isto está mau... até para as omeletes!

A troika caseira


O acordo de “Submissão Nacional” lá vai seguindo o seu caminho, dentro e fora das reuniões.
Pelo interesse com que falam dele os patrões, individualmente, em pequenos grupos ou organizados em confederações, pelo interesse com que falam dele os partidos que tão bem têm representado os interesses desses patrões e que se auto-intitulam de “arco da (auto) governação”, pelo interesse com que falam dele quase todos os comentadores e analistas de (ao) serviço... aquilo da “salvação nacional” (acho que no princípio do texto enganei-me ligeiramente no nome) deve ser uma coisa muito boa para todos. Pelo menos para eles.
Para banqueiros e patrões será uma verdadeira “saciação nacional”; para os líderes dos partidos envolvidos, será uma espécie de “salvação pessoal”... com uns a ganharem tempo (para reconquistar votos) e outros... a ganharem tempo (para não os perderem).
Agora basta-me adquirir uma dose “cavalar” de ingenuidade suicidária, para acreditar que uma coisa que parece tão boa para os exploradores, para as suas organizações e para os partidos que os representam, pode ser boa, ao mesmo tempo, para os explorados e para os que estão ao seu lado na luta de classes que, teimosamente e para desespero dos “historiadores” especializados no “fim da História”... não acabou.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

... e depois há isto!


O jornalismo pode ser uma arte nobre, culta e de combate. De facto, esteve muitas vezes (e está ainda) onde deve: na primeira fila da luta pela liberdade, toda a liberdade, incluindo a de informação e expressão; na primeira fila da luta pela dignidade do ser humano; da luta pela cultura e pela inteligência.
Quando vemos órgãos de comunicação social caírem nas mãos de certa gente, transformados em simples negócio, ou extensão e cobertura de outros negócios dos seus donos... tememos o pior.
Infelizmente, não só o tempo nos dá razão, como nem é preciso esperar tanto tempo como isso.
Para quem dirige este velho jornal, o que se passou realmente na reunião entre a ministra e os partidos da “salvação nacional” é muito menos importante do que esta “janela de oportunidade” de insinuar um trocadilho porco, para gáudio dos "comentadores" de tasca. Interessa-lhes mais que o jornal seja falado pela grosseria da capa, do que pelo trabalho de divulgação, descodificação e explicação do que os partidos do “arco da auto-governação” se preparam para, mais uma vez, fazer ao país.
O meu filho jornalista teve, na sua página do “facebook”, um desabafo algo desalentado (felizmente, sei que o desalento é de pouca dura!), desabafo a que não acrescentarei nem mais uma palavra:
"Existem imensos na nossa profissão que lutam diariamente para devolver ao jornalismo a dignidade que em tempos teve. E depois há isto".
  
Adenda: Como se pode ver pode ver pelo teor de alguns comentários, pelos menos uma parte (infelizmente grande) dos portugueses... tem o jornalismo de sarjeta que merece!

Os “entalados” *


Começa a faltar-me a pachorra para tanto comentador que acha que Cavaco fez isto para “entalar” Seguro, que o PCP, fez aquilo para “entalar” o PS, que Os Verdes também fizeram aqueloutro para “entalar” os socialistas, que estes estão “entalados” entre a ânsia de parecer de oposição e de esquerda e a sua já tão antiga tendência para se aliarem à direita...
Já enjoa tanto “síndrome de Martim Moniz”... mas sem o heroísmo da famosa fábula histórica.
Numa “democracia” deste tipo a que, infelizmente, chegámos... na verdade é tão legítimo estar dentro como fora, em cima ou em baixo. Quem está no seu lugar, corajosamente, é merecedor de, pelo menos por isso, algum respeito.
Só se entala quem fica no meio, em cima do muro, nem cá nem lá... in the middle of between.
Os que se deixam entalar por serem lerdos... lamento! Agora os que se deixam entalar pelo eterno oportunismo calculista do “deixa lá ver para que lado é que esta gaita rende mais”... é muito bem feito!
* Declaro que na execução da imagem ou do texto deste post não houve quaisquer maus-tratos infligidos a animais... de qualquer espécie.

terça-feira, 16 de julho de 2013

“Salvação Nacional” – Perguntas, perguntas, perguntas...


Ospois” das negociações... quantos serão, afinal, os senhores deputados da “Salvação Nacional”?
As estações de televisão irão usar alguma espécie de filtro para o senhores deputados da "Salvação Nacional" aparecerem nas imagens sempre a preto e branco?
O senhores deputados da “Salvação Nacional” estarão mesmo dispostos a fazer um “estado novo”?
Terão uniforme? O uniforme incluirá botas de elástico? Incluirá cinto de cabedal com fivela em forma de um elegantíssimo “S” (de “Salvação”, claro!) sobre camisa verde e calça castanha?
Cavaco passará a usar fardinha de marujo?
Perguntas, perguntas, perguntas, perguntas, perguntas...

Salvação Nacional - Não podia estar mais “entusiasmado e confiante”!



PSD, CDS, PS e um Justino (“olheiro” de Cavaco Silva), continuam a tratar de reunir para, a trouxe-mouxe e em apenas alguns dias, congeminarem a famigerada "puta da salvação nacional” *.
Serão, portanto, exactamente os mesmos que, metodicamente e sem um assomo de vergonha nas trombas, atacaram uma a uma as conquistas de Abril e arruinaram o país, devolvendo (a troco de “peanuts” e muitos favores para si próprios e famílias) aos interesses privados tudo aquilo que a Revolução havia retirado aos monopólios vindos do fascismo, tarefa a que meteram ombros durante os últimos trinta e muitos anos... serão exactamente os mesmos, como dizia, que agora salvarão Portugal dos resultados criminosos da sua própria obra.
Claro que, como já se viu, tratarão de fazer essa “salvação nacional” não mudando nenhuma das suas políticas e dos princípios bandidescos que nos trouxeram até aqui.
Se quando Gonelha e o PS e a restante direita em coro, disseram que era preciso “partir a espinha à Intersindical”, não foram julgados, tendo a frase passado como uma coisa apenas simbólica e não uma incitação à violência... então também eu posso dizer que é urgente “partir os dentes” a este bando de farsantes, ladrões e traidores vulgares.

* Sim... esta linguagem vulgar e crua quer apenas dizer que acho esta marmelada da “salvação nacional” uma forma de prostituição... só que mais abjecta e muito mais daninha!


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Fascistas – Mais um “grande serviço” à causa...


Em mais um episódio característico da manada, um senador fascista italiano, pertencente à “Liga do Norte”, partido conhecido pelas posições fascistas, racistas e anti-emigração, entrou para a História da forma que é tão cara aos da sua manada:
Em publico, apontou o dedo a uma ministra negra do governo italiano, Cecile Kyengeencarregada exactamente da árdua e decisiva tarefa da integração... e, para além de dizer que ficaria muito bem num governo, mas na África, comparou-a a um orangotango.
Sei que existem aqui e ali uns tantos fascistas inteligentes e cultos. Imagino que o pior pesadelo destes fascistas cultos e inteligentes sejam as consequências catastróficas para a sua “causa”, provocadas pelas acções e declarações públicas destes seus “colegas” grunhos como cascos de quadrúpedes, estúpidos como paralelepípedos de estrada, ridículos como as botas de elástico de salazar.

Luís Represas - Apenas mais uma pedra sobre o passado


Com a aproximação das autárquicas o país prepara-se para ficar cada vez mais inundado de propaganda de candidatos do PSD que, nestas eleições, optam por cartazes cobardes, onde os símbolos do partido mal se distinguem, tal é o incómodo que lhes causa o actual estado do PSD... ou que nem têm identificação alguma, como é o caso deste que aqui vemos, em que o músico, autor e cantor Luís Represas dá a cara (e algumas justificações), como mandatário, por Pedro Pinto, um histórico do PPD-PSD. Também já foi de Fernando Nobre, lembram-se?
O caso geral dos cartazes “envergonhados” não me convoca particularmente. Revelam apenas a verdade de que o ser humano é um organismo muito “complexo”.
No caso deste cartaz em particular, sinto exactamente o mesmo. A sinuosa “carreira” do Represas algum dia haveria de passar por esta estação.
Este texto poderia parar aqui, atendendo a que o Represas tem o direito de apoiar quem quer, quando quer, e seja de que partido for... já que, pelo menos que eu saiba, nada o liga a qualquer organização partidária... só que não foi a opção pessoal do Represas que me fez escrever sobre o tema.
O que me convocou nesta estória foi o sururu que a divulgação do cartaz e a notícia do apoio provocaram nas redes sociais. O súbito espanto, choque e escandalizada reacção dos, presumo, antigos e habituais consumidores de “Trovante” é que me deixou algo perplexo. Ora deixa lá ver...
Então, quando os “Trovante” (há muitos anos!) passaram a integrar novos elementos, nalguns casos com origens na direita “pura e dura”, que rapidamente começaram a “ensaiar” com os elementos originais a velha peça teatral do “tudo isto te darei se me adorares”, mostrando-lhes as maravilhas do mercado que havia fora dos concertos e “cantos livres” onde eles tinham nascido e crescido... não houve nenhuma luz de alerta que se acendesse?!
Então, quando pouco mais tarde o João Nuno Represas, o único que ainda se mantinha (e mantem) ligado aos comunistas, foi expulso dos “Trovante”... por razões “musicais”... não soou nenhum alarme?!
Então, quando já a solo, as canções do Represas passaram a ser aquilo que hoje são... não tocou nenhuma campainha?!
Na verdade, tudo não passa de história antiga! Só não sabia quem não estava mesmo informado, uma minoria... e quem, mesmo vendo, opta por fazer de conta que não vê a verdade inconveniente, na ingénua tentação de que, assim, nada aconteça.
Disse eu (ironicamente e a quem de direito) aquando da recente e copiosa homenagem ao grupo em “horário nobre” da Festa do Avante, que foi uma maneira engenhosa que a organização encontrou para garantir que o Represas, pelo menos durante os 45 minutos de permanência no palco, não estaria a dizer horrores do PCP e dos comunistas, como é seu timbre há muitos anos e em quase toda a parte.
Seja como for, nem isso é surpreendente. A forma como o artista em causa fala dos “camaradas” e o tom insolente das “bocas” que produz (infelizmente já o presenciei num palco em que a esmagadora maioria do público, que o aplaudia, era comunista), para além da tal confirmação da “complexidade” do ser humano, é também o clássico comportamento dos “cristãos novos” que, como se sabe, conservam para o resto das suas vidas a necessidade doentia de negar e enxovalhar o seu passado, juntamente com as pessoas que dele fizeram parte.
Adenda: O meu gosto por algumas das canções dos “Trovante” (feitas pelo Luís Represas ou não) não se alterou ao longo dos anos. Não se alterará agora!

domingo, 14 de julho de 2013

Aposto que também era uma opinião “irrevogável”...


O Vítor Dias encontrou a coisa no “Câmara Corporativa”, eu encontrei-a no blog “O tempo das cerejas”, do Vítor Dias... encontrem-na agora vocês. É um belo “achado”!
“Há quem tenha a ilusão de que o Presidente da República pode impor aos partidos, contra a vontade destes, a sua participação em governos de coligação, por vezes apelidados de salvação nacional.”


(Cavaco SilvaRoteiros VI - 2011/2012, p. 21)