sábado, 27 de julho de 2013

Maria Luís Albuquerque – Uma questão de “intensidade”?




Já não está em causa se a dona Luís sabia ou não sabia do problema dos swapSabia! Já não está em causa se na passagem das pastas ministeriais houve muita ou pouca informação. Houve informação! Já não está em causa se os swap são pouco ou muito ruinosos para o Estado e as empresas. São ruinosos!
Não se trata, portanto, como costumam discutir alguns comentadores de futebol a propósito das faltas que acham dignas de cartão... de uma questão de “intensidade”.
Esta novela da dona Luís e dos swap lembra-me a estória de uma jovem senhora que se preparava para entrar no gabinete do marido, administrador de uma empresa... e foi barrada à porta pela velha secretária do marido, que já tinha antes sido secretária do seu pai, o dono e fundador da empresa... que lhe atira, embaraçada:
- A menina Cristina não entre aí!
- Mas não entro porquê dona Fernanda? Ele está nalguma reunião?
- Não... mas não entre!
- Mas não entro porquê?! Desembuche lá...
- Olhe menina... não há outra maneira de dizer isto: o seu marido está lá dentro com a sirigaita das fotocópias... assiiiimmm!!! – e acompanhou o “assim” com gestos que indiciavam grande agitação de pernas e braços.
A pobre Cristina entrou disparada no gabinete e segundos depois saiu com cara de poucos amigos.
- Olhe lá, Fernanda... você está maluca, ou o quê?!
- Mau! Não me vai dizer que ele não está lá enrolado no sofá com a sirigaita...
- Está!!! Está... mas não está assiiiimmm!!!, como você disse!
E pronto. A questão não é saber se a senhora ministra Luís mentiu assim... ou assiiiimmm!!!.
Mentir, nas condições, local e situação em que o fez, é motivo para demissão do cargo e não apenas uma “coisa feia”.
É um crime!

9 comentários:

Olinda disse...

Pois ê! E este desGoverno ,nao ê ele todo uma transgressao ä Democracia?

Um abraco

Anónimo disse...

Mas, caro Samuel, esse é um conceito que se aplica apenas ao comum das pessoas, ao vulgar cidadão.
Contudo, para os elementos da quadrilha que nos assaltou, mentir é o seu modo de estar, de sentir, de proceder, até de governar.
E fazem-no em quaisquer circunstâncias, onde quer que seja e perante seja quem fôr.
Seguros da impunidade, segundo crêem...
Rui Silva

Luis Filipe Gomes disse...

A Doutora já disse que não mente e que falará na comissão de inquérito.

EU ACREDITO NELA!

Todo este governo é composto por pessoas que não mentem!

A começar pelo presidente do conselho de ministros e pelo agora vice presidente do conselho de ministros.
Além disso estas pessoas de qualidade costumam entrar nas salinhas das comissões de inquérito, há salinhas tão pequeninas que só cabe o inquiridor ficando o respondedor cá fora de joelhos por falta de cadeira, e saem sempre com o "ego te absolvo".

Anónimo disse...

Mentir é Crime?
Não. Não pode ser.
Então, esta moçoila com ar de nórdica insossa tem feito o mesmo que todos fazem antes de subir ao poleiro da desgovernação: mentir.
Mentem antes, durante e depois (nos mais variados contextos, inclusive na Assembleia da República).
É crime?
Ainda não vi ninguém preso.
Portanto, a rapariga está apenas a seguir os trâmites.

Manuel Norberto Baptista Forte disse...

Esta Senhora que é (por enquanto) a Ministra das Finanças de Portugal, como se sentirá quando perde para o "irrevogável"(!!!) a negociação do deficit? Sendo acusada pelo PCP, BE, PEV, e até pelo PS (embora aqui se perceba bem porquê) de mentir nos casos swaps, como se desenrascará, para provar (!?) a sua razão?.
Ao fim e ao cabo certamente que Maria Luís Albuquerque é a 1ª candidata a renovável, em tal próximo acto.

Antuã disse...


A mentir chegaram eles ao desgoverno.

trepadeira disse...

Demissão,só?
Então o Ministério Público não deveria ter alguma coisa que ver com isto?

Abraço,

mário

augusta disse...

"Vivemos num sistema de mentiras organizadas, entrelaçadas umas nas outras" - dizia o José Saramago. E o milagre é que, apesar de tudo, consigamos construir as nossas pequenas verdades, com as quais vivemos, e das quais vivemos."

nas nossas "pequenas verdades" não tem lugar a mentira desta senhora, "nas condições, local e situação em que o fez". Calar, pactuar, ser conivente com... "É um crime" - sim. e como tal deveria ter tratamento em conformidade. Deveria... Ela e todos quantos como ela. digo eu...

Anónimo disse...

Não Mente e nem tem mente!
Vicky