segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Hoje e para já... é só isto!


Hoje, antes de consultar os vários resultados finais, nomeadamente aqueles a que estou emocionalmente ligado (Sim! Esta vida é feita de afectos e mistérios que são mais do coração... do que da irrefutabilidade dos números), não irei tecer comentários de pormenor sobre estas centenas de eleições locais.
Hoje, basta-me dar os parabéns a todas e todos os activistas e simpatizantes da CDU, que protagonizaram esta espécie de vendaval.
Hoje, basta-me imaginar, com gosto, a cara de tantos a quem este avanço da CDU espanta (e provavelmente incomoda), gente como o infeliz Miguel Sousa Tavares que, há uns anos e no pico da sua “presciência” enquanto comentador político, escreveu: «Hoje o PCP morreu... e ainda bem!»
Estou certo de que hoje, o coitado deve lembrar-se, mais uma vez, de o ter escrito. Imagino que o lembre muitas vezes. Imagino que deva evitar passar à frente de espelhos, não vá a “coisa” ver-se-lhe na cara...
Agora chega de “imaginações”. Vamos festejar por mais um pouco... que logo a seguir recomeça o trabalho. Com honestidade e competência!

domingo, 29 de setembro de 2013

Herman e Milhazes – Tão porquinho!...


Provavelmente é apenas o meu mau feitio a falar. Provavelmente não houve muita gente a ficar enojada com o critério usado para convidar o estropício que dá pelo nome de José Milhazes para debitar em directo no programa de Herman José as provocações e calúnias anti-PCP e Álvaro Cunhal, que escrevinhou no livrito que anda a promover onde pode.
E lá esteve ele, em noite de véspera de eleições, fazendo o seu comício anti-comunista, debitando pérolas como aquela em que defende a construção de uma estátua a Brejnev, por ter tido o “bom senso de impedir que Cunhal tomasse o poder em 1976”.
Desculpar-me-ão... mas já só muito raramente acredito em coincidências e actos inocentes!
Herman José, provavelmente por ter consciência da nojeirada em que alinhou para fazer o jeito a alguém... compensou com a tentativa de subir o nível do programa, convidando também a actriz de filmes pornográficos, Sasha Grey, para promover o livro que publicou.
Aquele longo exercício anticomunista disfarçado de entrevista, na véspera de uma eleição, pode até não ter tirado um voto que seja à CDU...
...mas foi porco!

PNR – A solução...



Um tal João Patrocínio, um pequeno fascista que se candidatou a fazer o papel de “tipo que aparece na campanha a dizer umas coisas nojentas”... pelo partido dos igualmente pequenos fascistas, o PNR, propõe que se acabe liminarmente com os apoios e subsídios municipais às associações das minorias, tais como grupos de defesa dos direitos dos homossexuais, das minorias étnicas em geral... presume-se que tanto na vertente cultural, como social, como seja lá para o que for.
Depois de passar um dia a reflectir assaz e sem querer que esta minha (mais uma!) nova reflexão seja entendida como um sentido de voto, ou de não voto... sempre vos digo:
- Então não se está mesmo, mesmo a ver que o pequeno fascista tem carradas de razão?!
Claro que em vez de andar a esbardalhar rios de dinheiro (com vítimas de homofobia, ou de racismo, ou xenofobia, ou violência doméstica, ou grupos de apoio social a prostitutas, todos refastelados em dezenas de organizações onde estas coisas “perfeitamente aceitáveis” são denunciadas, ou associações que têm a pretensão de, através da música, do teatro e da arte em geral, conseguirem tirar das ruas daqueles bairros com nomes muito estranhos e das garras dos traficantes, centenas de jovens que se está mesmo a ver que não passam de pretos, ou brancos quase pretos de tão pobres *...) a autarquia devia investir em dois ou três bons fornos crematóriosDigo eu...
Estão a ver a maravilha do raciocínio do pequeno fascista, candidato em Lisboa a fazer o papel de “tipo que aparece na campanha a dizer umas coisas nojentas”?
Por um lado... poupa-se uma pipa de massa! Por outro... os problemas dos homossexuais, lésbicas e transexuais, dos pretos, dos ciganos, dos imigrantes, dos pobres, dos drogados, dos portadores de deficiência física e demais "indesejáveis da sociedade" (com um esforço lá chegaríamos aos comunistas...), teriam aquilo a que se poderia chamar... uma “solução final”! **

* Obrigado ao Caetano Veloso, pelos tremendos versos da sua canção “Haiti”.
** Creio que este nome já foi usado antes...

sábado, 28 de setembro de 2013

Dia de reflexão


Hoje tiro o resto dia para ficar aqui. Sentado.
A “reflectir”.

BPN e Oliveira e Costa – Uma questão de equidade...




Li ontem que estava a revelar-se impossível para as autoridades notificar o tristemente famoso ladrão do BPN, Oliveira e Costa, para comparecer em tribunal, no ambito do julgamento de uma trafulhice envolvendo o próprio Oliveira e Costa e outro “governante” de Cavaco, Duarte Lima.
Independentemente de terem, entretanto, conseguido, ou do que penso sobre um sistema judicial que permite que isto aconteça... deixo apenas um “desabafo”:
Enquanto esta situação caricata se mantiver, gostaria muito de que o Fisco ficasse igualmente impossibilitado de notificar os contribuintes que vivem do seu trabalho... para fazerem qualquer pagamento de impostos, sabendo-se quantos milhares de milhões de euros desses impostos se destinam, exclusivamente, a cobrir o roubo do senhor Oliveira e Costa e dos restantes membros da quadrilha de “ajudantes” de Cavaco Silva.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Conversa de café – Somos mesmo assim?!



Foi feito um estudo sobre a honestidade e sentido cívico dos habitantes de várias cidades do mundo. A experiência que lhe serviu de base consistiu em “perder” propositadamente um número fixo de carteiras, doze, para ser exacto, contendo uma quantia certa em dinheiro, para além de cartões e fotografias de família com indicações claras para a identificação dos “proprietários”. Depois, esperaram pelas reações mais ou menos cívicas dos cidadãos.
Lisboa ficou num triste último lugar, com apenas uma das doze carteiras devolvida... e ainda assim – pormenor curioso - por ter sido encontrada por um casal de turistas. A situação social ou económica não pode servir como justificação, já que, por exemplo, Bombaím ficou em segundo lugar, com nove carteiras devolvidas.
O meu amigo estava visivelmente impressionado com a notícia!
- Lisboa é uma amostra de pessoas de todo o país... achas mesmo que nós, como povo, somos assim, tão atreitos à carteira do próximo?
- Assim tanto... não tenho a certeza. De qualquer modo, companheiro, olhando para alguns “notáveis” que este país tem produzido, de onde achas que vieram os “oliveira e costa”, os valentins loureiro”, os isaltinos, os “dias loureiros”, tantos e tantos governantes e autarcas do centrão, tantos banqueiros e gestores do nosso “querido” capitalismo de casino... ... ...  achas que apareceram aqui de escantilhão, caídos de Marte?

... e entretanto a nossa conversa foi sendo submersa pelo ruído ambiente vindo das restantes mesas do café, onde se discutiam coisas realmente importantes, como a dúvida sobre se Jorge Jesus agrediu ou não o polícia (e se existem de facto bofetadas... no braço)... se o Cristiano Ronaldo foi ou não para a cama com a “Miss Bumbum...

Mais chumbo!!!



Jerónimo de Sousa já nos habituou ao facto de, sendo um comunicador eficaz, não o ser de forma convencional. As duas qualidades podem constatar-se, entre outras coisas que remetem para o conteúdo da mensagem, na criativa utilização de ditados populares e na certeira escolha de palavras para caracterizar fenómenos particulares da nossa realidade política.
Assim, que posso eu acrescentar ao seu claríssimo “Governo é ilegítimo e fora da lei!”, com que comentou mais este chumbo do Tribunal Constitucional a várias normas com que o Governo pretendia desferir mais um ataque aos direitos dos trabalhadores?
Talvez... que a pele deste "Coelho" já começa a não ter mais centímetros quadrados disponíveis para encaixar mais chumbos...
Talvez... que este governo de traidores dos interesses do país, ficará na História pós 25 de Abril, como o mais hostil aos trabalhadores, aos portugueses em geral, à democracia, à Constituição da República, enfim... ao próprio 25 de Abril!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

“Público” – Felizmente, não publicaram o vídeo...



É assim como que uma espécie de epifania!
Como se pode ver na imagem, o “órgão central” da SONAE do senhor Belmiro descobriu, finalmente, a verdadeira natureza da “relação” do PSD com o país e a vida da maioria dos portugueses!

Ambiente – Porque amanhã também teremos que respirar...


Chega a notícia sobre mais um relatório em que cientistas procuram dar como provada a “culpa humana” nas desastrosas alterações climáticas que, no limite, acabarão por comprometer a sustentabilidade da vida na Terra.
O que espanta, nesta altura, já não é a evidência da catástrofe e a evidência das suas causas. O que espanta é que em 2013 haja um número indeterminado de cientistas que, em vez de estarem ocupados a estudar soluções para a nossa sobrevivência e reversão das asneiras verdadeiramente suicidas entretanto já cometidas... estejam ainda a perder tempo tentando provar aos “cépticos” a influência humana na desregulação climática, na destruição de habitats, na extinção de espécies de fauna e flora, na exploração criminosa de recursos naturais...
Como escreveu o Ary dos Santos, que entendia tão pouco quanto eu de ciências do ambiente...
“O passado é já bastante, vamos passar ao futuro!”

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

"Obamacare" - Democracia um pouco original...



Devo começar por esclarecer que não sou propriamente o que se possa chamar um “fan” da lei de Obama, conhecida como “Obamacare”, que, apesar das boas intenções, deixa de fora dos cuidados de saúde muitos milhões de cidadãos pobres dos EUA e, mesmo tendo incluído no programa de saúde com custos suportados pelo Estado alguns milhões de outros cidadãos, faz passar, obrigatoriamente, todos os milhões de dólares envolvidos pelas seguradoras privadas, acabando por serem estas que realmente ganham com o programa.
Ainda assim, não posso deixar de admitir que este “pouco” de Obama é muito melhor que o rigoroso e frio “nada”, defendido pelos republicanos, defensores do cada um por si e assistência zero. Republicanos que têm mantido esta lei de Obama debaixo de fogo cerrado.
Dentro deste universo republicano há um nicho ocupado por fanáticos político-religiosos, um bando de ultra reaccionários roçando mesmo o fascismo, que dá pelo nome de “Tea Party”.
Um desses bandalhos, senador pelo Texas, está a usar uma norma de funcionamento do Parlamento/Senado, norma verdadeiramente imbecil que dá o direito a qualquer parlamentar/senador, de boicotar uma votação ocupando todo o tempo a falar, sem parar, durante horas e horas, sobre o assunto em causa... até que se esgotem todos os prazos legais para a discussão ou votação.
Tendo já dito que acho esta norma uma imbecilidade “democrática” (até o nome, “filibustering”, é palerma), lendo a notícia, parece-me que o senador daultra-direita nem está, sequer, a respeitar as regras, a ser verdade que no decorrer da sua maratona de boicote aos trabalhos, já falou de tudo e mais alguma coisa, fora do tema em apreço, tendo até recorrido à leitura de estórias infantis.
Num Senado/Parlamento que se respeitasse a si próprio, um palhaço que tentasse uma proeza destas... seria retirado da sala pela segurança e julgado e condenado por obstrução dos trabalhos de um órgão de soberania.

António José Seguro – Se é para imitar...


Apesar da espessa impopularidade do governo e da notória vergonha que alguns candidatos autárquicos têm da sua ligação aos partidos do governo, os resultados desta eleição não vão ser favas contadas, como precipitadamente alguns dirigentes do PS julgaram.
Lá vão chegando as notícias (e, infelizmente, também as imagens) dos tremendos esforços de António José Seguro para conseguir alguma relevância e popularidade. Aqui diz umas coisas, logo ali faz ginástica, mais acolá anda de bicicleta...
Apesar de respeitar esta disponibilidade de Seguro para suar as estopinhas pelos seus candidatos, estas notícias não me sugerem grandes comentários. Talvez dois, vá...
Um, para lembrar aos amigos do PS um princípio das famosas “Leis de Murphy”:
“O seguro cobre rigorosamente tudo... menos aquilo que realmente aconteceu”.
O outro, para dar um conselho directo a António José Seguro.
- Homem... se faz mesmo questão de emular (algum dia havia de conseguir usar esta palavra!) dirigentes “notáveis” do PS, deixe lá essa tolice do exercício físico do Sócrates e imite um dirigente realmente notável e com um lugar garantido na História (independentemente do que eu pense dele)!
Largue as corridas e as bicicletas, ganhe uns cinquenta quilos e fique "gordinho"... como Mário Soares!!!


terça-feira, 24 de setembro de 2013

“Isto é matemática” – SIC


O senhor Rogério Martins tem um programa na SIC sobre matemática. Chama-se "Isto é matemática". Pretende ser de divulgação e vulgarização da coisa. Não gosto!
Não gosto do programa, porque sou daquelas pessoas que, embora utilizando a matemática para milhares de gestos do dia a dia... faço questão de a manter no seu lugar: meramente utilitário. Reconheço a enorme importância da matemática... mas para gostar, prefiro outras coisas.
Não gosto, ainda, do programa, porque o senhor Rogério faz gestos a mais, é demasiadamente “expressivo” (aquilo a que cá em casa se chama “panela de expressão”)... e é “contentinho” demais!
Como se tudo isto não bastasse, o senhor Rogério resolveu acabar, de vez, com o meu já tão fraco interesse pelo seu trabalho... e resolveu fazê-lo com estrondo, como se pode ver no vídeo que encontrei no blog do meu amigo Sérgio Ribeiro.
Se virem o vídeo - e deve ser visto e ouvido com atenção! - entre o minuto um e os dois minutos e trinta, verão uma peça extraordinária, em que o “alegre” Rogério pretende caricaturar uma ida ao pediatra “no seu tempo”. Não fosse dar-se o caso de o público não perceber as “piadas” políticas ultra-reaccionárias vomitadas em catadupa no espaço daquele minuto e meio... juntou-lhe, como banda sonora, a “Carvalhesa”, para que fique bem claro quem ele pretende agredir nestes dias de campanha eleitoral, já que o programa foi para o ar na SIC, no passado dia 21.
Para terminar, acalentando o “sonho” de que, por um qualquer acidente informático o “contentinho” venha a saber deste meu desabafo sobre o seu programa tão científico... digo-lhe directamente:
- Olhe, Rogério! Como não lhe bastava a notável infelicidade de ser, como faz questão de demonstrar, um refinado e alternadíssimo filho de puta... ainda houve alguma coisa, ou alguém, que o fez pensar que tem gracinha. Pense melhor!!!

“A gente cá em casa, toda a gente vota, não é... não é?”




Um grupo de jovens montemorenses com (e sem) ligações partidárias – que aqui não vêm ao caso – pensou criar um objecto audiovisual com o fim de apelar ao voto nestas eleições autárquicas. Sem qualquer pista sobre sentido de voto. Tentando um rigoroso espírito de serviço público.
Conseguiram-no! À excepção dos próprios cidadãos de Montemor-o-Novo, que poderão identificar a maior parte dos intervenientes no vídeo e, eventualmente, conhecer as suas opções político-partidárias, mais ninguém poderá vislumbrar aqui qualquer apelo subliminar ao voto nesta ou aquela força partidária ou movimento.
Trata-se de um conseguido apelo à não abstenção... como um valor em si. Todas as forças partidárias concorrentes às eleições foram convidadas a participar.
Infelizmente, os candidatos e militantes de uma das forças políticas da cidade - que não identificarei – acompanhados de alguns independentes cuja participação também teria sido importante, não estiveram disponíveis para participar. Entre os primeiros, uns por real impossibilidade de agenda provocada por ausência da cidade e outros pela velha tentação, ainda não totalmente superada, de desconfiar, à partida, deste tipo de “coisas”. Os independentes, talvez por terem da independência uma concepção algo radical... que corresponde a não participar em nada de cariz político.
Fizeram mal! Creio que uns e outros já se terão dado conta disso mesmo.

Por mim já estava "convencido", mas creio que o vídeo levará alguns indecisos a votar... também na CDU.
Para terminar, uma declaração de interesses com que talvez devesse ter aberto este texto: o meu filho mais novo, ele próprio sem filiação partidária (de que eu tenha conhecimento), dada a sua “queda” para estas coisas da imagem... foi convidado para realizar e seleccionar as gravações de vídeo e fazer a montagem e edição final do dito.
Parabéns a todos! Gostei de ver!




segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Regresso aos mercados – É hoje!!!



No dia aprazado para o nosso “regresso aos mercados”, lá fui eu espreitar... a ver se tínhamos mesmo “regressado”. Não vi ninguém...
Seria de rir à gargalhada... não fosse a desgraça do país, da sua economia e de quase todo o tecido produtivo, a morte antecipada de tantos cidadãos, a lepra social do desemprego e o futuro embargado de tantos jovens, em consequência das políticas dos sucessivos bandos de canalhas que nos têm desgovernado ao longo de tantos anos!



Rui Machete – Gente fina é outra coisa!


O "surpreendente" Rui Machete já tinha metido os pés pelas mãos nesta estória das acções da SLN, quando pretendeu não saber o preço por que lhe tinham sido oferecidas e posteriormente compradas... uma forma de “justificar” um favor de uns bons milhares de euros, feito pelos seus amigalhaços, na mesma época em que estes fizeram exactamente o mesmo “favor” ao outro amigalhaço, Cavaco Silva.
Logo, ser ou não verdade que o senhor ministro foi accionista da empresa que era dona do BPN, não é questão que se ponha. Foi! Ponto!
Já o facto (esta chatice dos factos!) de ter aparecido uma carta em que, anos antes de se ter demonstrado que ele foi accionista, o senhor Machete negava, preto no branco, ter que ver fosse o que fosse com o BPN, negando ser, sequer, depositante, quanto mais accionista... merece um pouco mais de atenção.
Na verdade, merece logo toda a atenção o palavreado do espertalhaço: a mentira descarada e por escrito sobre a sua condição de accionista... é, afinal, uma «incorrecção factual» sem intenção de ocultar a posse das acções.
Ou seja: um ladrão participa num assalto a uma loja (nada que se compare com o gigantesco assalto dos bandidos do BPN aos bolsos dos portugueses!) e, compreensivelmente, tenta negar a sua participação no assalto, mesmo perante provas irrefutáveis fornecidas pelas câmaras de vigilância. Está sempre a acontecer.
Pergunta:
Em que degrau da “escada social” é que um comprovado delinquente deixa de ser um “sacana de um ladrãozeco” que, em desespero, mente descaradamente para tentar salvar o coirão... para passar a ser um respeitável membro da sociedade, merecedor da total confiança do senhor primeiro-ministro Passos Coelho e que, no máximo, comete inocentes “incorrecções factuais”... mas sempre, sempre sem intenção de ocultar o que quer que seja?

domingo, 22 de setembro de 2013

António Mexia - Hoje deu-me para “concordar”...


António Mexia, o presidente executivo da EDP, deu uma entrevista em que aponta o dedo e deixa avisos mais ou menos ameaçadores aos juízes do Tribunal Constitucional. Diz que se estes persistirem nesta teimosia de não deixar passar as propostas (ilegais) do Governo... serão os culpados de um novo “resgate” a Portugal.
Leio as declarações de Jerónimo de Sousa, indignado com Mexia e as suas fugas de milhões em dividendos para esconderijos fiscais... e concordo com ele.
O problema é que, lendo também a explicação que o presidente da grande e lucrativa companhia eléctrica roubada ao povo português deu para a impossibilidade de a economia poder suportar e comportar o estado social, entre outras coisas... fico igualmente tentado a “concordar” com ele.
Ora pois então não é?! – digo eu. Claro que a "economia" não pode comportar ensino público de qualidade, Serviço Nacional de Saúde, reformas, pensões, subsídios de desemprego e pequenos e pontuais apoios sociais!

A "economia" já está totalmente ocupada - e exangue - a comportar os ordenados gigantescos, os prémios exorbitantes, os carrões de luxo, os cartões de crédito ilimitado, as prendas prá esposa e prá amante, as prendas pró esposo e pró amante, as viagens de sonho para toda esta gente, as mansões prá famelga e os apartamentos chiques para “as outras”, os colégios finos e universidades estrangeiras para a numerosa filharada… e todas as demais benesses multimilionárias de que desfrutam à tripa forra todos filhos da puta sem um pingo de vergonha na cara… como António Mexia!!!

sábado, 21 de setembro de 2013

CNE - Com tanta coisa séria digna de verdadeira e urgente reflexão...



Desculpem-me a rude franqueza... mas esta tão “respeitada” instituição do “dia de reflexão” na véspera de actos eleitorais, é, na minha privadíssima opinião... uma coisa bastante estúpida!
Na verdade, adoraria conhecer alguém que no “dia de reflexão” se ocupe em longas horas de reflexões sobre o seu sentido de voto e nem por um momento converse com alguém sobre política, só para não violar o sagrado princípio do “mistério da reflexão”.
Se me disserem que não deve haver manifestações e mobilizações no próprio dia e junto aos locais onde estão as mesas de voto... concordo plenamente! Era o que mais faltava... somar às homilias dos párocos e à pressão diária dos caciques e patrões, uns e outros capazes de convencer os eleitores mais “frágeis” e que estão sob a sua influência, de que, diga-se o que se disser sobre o secretismo do voto, Deus e os Patrões acabam por saber tudo e ver tudo e enviar castigos aos “pecadores”... era o que faltava, como ia dizendo, juntar a isto a pressão e a intimidação de grupos de “hooligans” organizados para influenciar e condicionar à boca das urnas a liberdade de voto!!!
A CNE decidiu proibir a utilização do “facebook para quaisquer formas de propaganda eleitoral... nem que seja propaganda "subliminar", proibição acompanhada da ameaça de pesadas sanções. Não sei se a proibição inclui o “Twitter”, a língua gestual e os sinais de fumos. Agora o que eu gostaria mesmo, mas mesmo, mesmo de saber... é como raio é que a CNE vai controlar os milhares de páginas pessoais de “facebook” dos militantes e candidatos espalhados por listas de todos os partidos e por todo o país, ou mesmo das centenas de páginas “oficiais” dos partidos e movimentos concorrentes.
Por vezes, dá a ideia de que estas instituições estatais muito formais e rígidas nos seus pergaminhos, nutrem um gosto especial pelas oportunidades de serem gozadas publicamente! O que é uma pena, no caso da CNE!
Dê lá por onde der, esta gigantesca tarefa a que a voluntariosa CNE se propõe, só será possível com a ajuda de “bufos”, o que, não espantando, dado o país em que estamos... retira toda a possível piada à notícia!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Richard Branson – O mascarado



Richard Branson já foi um jovem editor com o entusiasmo suficiente para acreditar num outro jovem, este compositor e músico, de nome Mike Oldfield, que lhe propôs um produto considerado invendável pelas várias editoras que lhe foram batendo com a porta na cara... um disco LP, com apenas duas faixas “intermináveis” de música (quase só) instrumental e em que Mike Oldfield tocava todos os instrumentos. Estávamos em 1973 e o disco era o “Tubular Bells”.
O sucesso internacional verdadeiramente avassalador com que essa ousadia editorial foi recompensada, está, ironicamente, na base da fortuna colossal que levou Richard Branson a tornar-se um dos homens mais ricos do planeta. Depois da “Virgin” editora, vieram milhentos negócios, entre os quais, outra “Virgin”, desta vez, na forma de companhia de aviação comercial, seguida de mais milhentos negócios e negociatas que foram fazendo crescer desmesuradamente a conta bancária do empreendedor britânico e desaparecer, por contraste, todo o capital de simpatia que eu nutria pelo jovem editor.
O mais recente negócio que abraçou são telemóveis. Para promover os seus telemóveis, não arranjou melhor do que vestir-se de “Che Guevara” e andar pelas ruas apregoando a sua “revolução”. Faz-me pena!
Não quero, nem por um momento, (perder tempo a) dar lições sobre “Che”, ou sobre o que quer que seja, a Branson ou aos seus admiradores!
Sendo assim, o que me faz-me ainda mais pena... é que a segunda parte da campanha, não a tenha passado vestido de ligaduras e gaze... depois de passar por um posto de primeiros socorros! Mas isto é o meu mau feitio e falta de pachorra a falarem...

Papa – Misericórdia?!!!




Decididamente, o Vaticano deveria interiorizar a ideia de que, enquanto Estado, é minúsculo... e que enquanto Igreja não é, de todo, maioritária. Ainda que a Igreja fosse maioritária entre os vários credos à disposições dos milhares de milhões de crédulos disponíveis como clientes para o seu negócio, nada lhe dava o direito de se comportar como potência imperial, monopolista  e dona do mercado.
Para começar, para além de alguns passos que já deu, o novo Papa deveria fazer um esforço extra na escolha das palavras com que decide interferir nas vidas de pessoas que não lhe pediram opinião.
Atendendo ao facto de, em quase todos os casos, a vida dos homossexuais e dos divorciados passar a ser bem mais feliz depois de uns e outros assumirem publicamente as suas opções... quem diabo dá o direito à Igreja Católica, de se referir a estas pessoas com um paternalismo tão bacoco e pegajoso quanto este “devemos acompanhar os homossexuais e divorciados com misericórdia” ???

Misericórdia de quê?!!!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Política caseira e ditados populares...



O povo tem várias rifões, adágios, provérbios, ou ditados (sim, eu sei... é tudo a mesma coisa!) que parecem ter sido inventados para definir algumas das opções políticas do Partido Socialista... digo eu, que nem sou grande adepto de ditados populares: “Cada tiro cada melro”“Cada cavadela cada minhoca”... e por aí adiante.
Na verdade, quase nunca falha. A cada oportunidade de (para além de dizer) fazer realmente alguma coisa de esquerda... e com a esquerda, o PS opta por se aliar ao PPD ou ao CDS, ou, moda mais recente, abster-se “violentemente”, o que vai a dar no mesmo.
Mais uma vez, cumprindo uma “tendência” iniciada logo em Abril de 74, o PS, a propósito de projectos apresentados na Assembleia da República pelo BE e pelo PCP, com a intenção de, pela via do reforço de apoios sociais, minorar a desgraça em que as imposições da Troika (com a ajuda do entusiasmo confesso desta maioria PSD/CDS, e com a assinatura do PS) têm afundado os portugueses, o PS absteve-se. Ou seja, ficou “mais pra lá que pra cá”. Ficou mais perto dos seus parceiros de assinatura do “memorando”, do que daqueles que o combatem... o que me lembra outro ditado popular:

“Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és!”

Nuno Crato – Matéria extra-curricular...


Para tentar disfarçar o roubo descarado do erário público destinado aos alunos, professores, equipamentos, auxiliares e demais elementos daquilo que constitui o universo do ensino público, com o fim único de enriquecer os donos dos negócios de ensino privado, essa fraude que dá pelo nome de Nuno Crato vai introduzindo no “debate” todo o ruído que pode.
Insiste em chamar normalidade ao caos propositadamente instalado nas escolas, com falta de auxiliares, quando os há para empregar, com falta de professores, quando os há e aos milhares, para colocar, com falta de equipamentos capazes, com falta de organização, com falta de vontade... a mostrar que o caos é provocado propositadamente (passe a redundância).
Enquanto isso, para dar uma ilusão de “movimento” no que respeita a programas e à existência de uma ideia por detrás desses programas... canta loas ao rigor... mas coloca professores a dar quatro níveis de ensino na mesma sala. Baba-se a falar de excelência no ensino... mas obriga os professores a dar aulas em salas superlotadas. Inventa exames de inglês... mas "desiste" de outras aulas de inglês. Faz, desfaz, diz, diz que não diz...
Para se poder dizer que um ovo está podre, não é preciso ser capaz de pôr um ovo fresco! Logo, mesmo estando longe de ser um perito em políticas de educação, acho que sou capaz de ver que este indivíduo, para dizer o mínimo, não presta!
Felizmente, ainda há professores que, com noção do seu dever de educadores e formadores de futuros cidadãos e cidadãs livres, vão ensinando “matérias extra-curriculares” da maior importância para o futuro dos seus estudantes... como muito bem ilustra a imagem aqui em cima!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Conversa de café – Tanques e jornalistas...



À medida que ia avançando pelo cair da tarde calma a nossa conversa de café sobre a 8ª e 9ª sessões de “culambismo” (obrigado, MEC!) aos empregados da troika, por parte dos lacaios que ocupam o lugar de governantes de Portugal, a "vasta panóplia" de adjectivos utilizados para classificar tanto uns, como os outros, como as suas políticas, foi subindo de tom e “colorido”.
A dado momento, talvez apenas para respirar fundo, dar uns passos atrás e recomeçar... o meu amigo tentou “relativizar”, recorrendo a uma frase-feita:
- Bom, pá... pelo menos não temos ainda “os tanques na rua e os jornalistas na prisão”! Não é?
- É... mas não pelo que tu pensas! Os tanques não estão nas ruas porque os bandalhos que governam esta “europa” e a maior parte do mundo, já não necessitam de tanques. Isso passou a ser uma coisa “terceiro-mundista” que vai mal com a fina decoração dos seus luxuosos escritórios nas sedes dos grandes bancos e empresas.
Na “europa” civilizada e “democrata”, o terror é imposto pela arma do desemprego esmagador e destruidor (pelo simples facto de existir) de qualquer noção de direitos no trabalho, pela insegurança na doença, pelo abandono na velhice, pela destruição do futuro dos jovens. É imposto pela “bota cardada” do empobrecimento planificado e premeditado de todo um povo, tendente a criar uma sociedade de escravos. Tudo mantido de pé... por uma ilusão de “democracia de quatro em quatro anos”, tão esporádica quanto aldrabona.
Ah... esquecia-me dos “jornalistas”! Esses, hoje, já só muito raramente vão para a prisão. Quase todos tiveram a “esperteza” de se colocarem ao serviço dos donos, dos agressores, dos assassinos. Como cantou o Zeca, “defendem os tiranos contra os pais”. Como quaisquer “eunucos” que se prezem, “não matam os tiranos, pedem mais”.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

As gralhas são uns “pássaros” muito chatos!!!


Aproveitando o facto de estar a deslocar-me para mais uma acção de campanha da CDU, em Torres Novas, escolho destacar duas calinadas magníficas, desta vez em dois cartazes de partidos da esquerda que, para além da inegável graça que têm as “gralhas”, revelam apenas alguma lamentável mas inócua iliteracia... que está longe do analfabetismo que, realmente, faz mal ao mundo: o “analfabetismo político”, como bem escreveu Bertold Brecht e lembrou o Sérgio Ribeiro.
De facto – e deixem-me usar imagens do mundo ciclista - se os amigos da CDU se espalharam ao comprido no prologo... os amigos do BE, com as suas autárticas (eleições no círculo polar Antártico?), mostram que fizeram a revisão da propaganda “em contra-relógio.
Seja como for, nestas provas longas e por etapas, o que conta é a resistência e regularidade, não sendo estes pequenos "acidentes" que definem as posições no pódio final.
Votos de bom trabalho e uma boa campanha a todos! Sim, não estranhem que faça votos de um bom trabalho nas campanhas até a pessoas que estão muito longe de partilhar as minhas ideias. Na verdade, em termos autárquicos, toda a gente que se empenha, honestamente, pelo que acha ser o melhor para a sua terra, ainda que pertença a partidos adversários, tem o meu respeito. Muito mais do que aqueles que ficam em casa a dizer mal dos políticos e da política... mas sempre com o fito de aproveitar o esforço dos outros.
Adenda: Francamente... quem se enganou no cartaz dos nossos amigos da Messejana, acha mesmo que aquilo que eles mais precisavam era de um surto de novas piadas sobre a terra? Não bastava a outra?!  :-) :-)

José Milhazes – Não há uma “associação de defesa da árvore” que ponha mão nisto?!!!



Nunca mais poderei ficar vagamente divertido com o ar de mujique sob o efeito de alucinogénios, ou o tão “original” timbre vocal e pronúncia e, no geral, as reportagens ridículas de José Milhazes!
Na verdade, um conjunto de pormenores foi-se acumulando de tal forma ao longo de anos, que agora, sempre que o “historiador” e repórter Milhazes aparece na televisão, a única coisa que vejo é um amontoado de dejectos indeterminados que, por qualquer ironia da Natureza, não só se mexe, como emite sons.
Tinha pensado não colaborar nem com uma linha de texto que fosse, para apreciação do seu mais recente livro, “Cunhal, Brejnev e o 25 de Abril”, mais um crime sem perdão cometido sobre as árvores inocentes que foram sacrificadas para produzir o papel usado no livro. Ainda assim, como alguém escreveu tão bem sobre a coisa, poupando-me quase todo o trabalho... aqui vai:
Trata-se de um texto, descoberto no blog do Vítor Dias (que também lhe deu umas boas caneladas!), escrito por João Vasconcelos Costa, uma pessoa que (se lerem o texto atentamente) não pode ser acusada de ser propriamente simpatizante do PCP... mas que, tal como muitas outras pessoas inteligentes, não gosta de ser tomado por atrasado mental. Está aqui tudo...
Presumo que para o infeliz Milhazes, que pensava poder brilhar perante os donos com mais esta abjecção, os ecos negativos que chegam de lados tão heterogéneos quanto ao posicionamento ideológico, seja uma desagradável surpresa.
Acho que os possíveis ganhos monetários de Milhazes com a venda do livreco, num país com vendas de livros ao nível da indigência, não poderão, de todo, compensá-lo por constatar a crua verdade: a confirmação do autor como um aldrabão vulgar, um caluniador, um canalha... e ainda por cima, dolorosamente incompetente.
Sim! Só uma espessa incompetência pode explicar que as mentiras, calúnias e canalhices em geral, escritas no livro, sejam cometidas num estilo tão “redacção da terceira classe”, tão “estória da carochinha” e tão, tão ridículo... que fazem rir até as pedras da calçada.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Coreia - Uma notícia rara...


Estou certo de que as tentativas individuais de fuga, tanto do Norte para o Sul como do Sul para o Norte, têm, muitas vezes, razões apenas pessoais, íntimas, familiares... que só indirectamente têm que ver com a realidade política que separa as duas Coreias.
Claro que a ostentação de um bem estar artificial e inflacionado pela ajuda capitalista à Coreia do Sul, como forma de propaganda, aliada à situação desesperada que se vive no Norte, numa Coreia esmagada e obrigada ao isolamento, à carência provocada pelo cerco criminoso do universo “democrático” e pelos erros crassos daquela verdadeira “fila indiana” de “Kims” que vai tendo como seus dirigentes, a começar precisamente por aquela sucessão “dinástica” incompreensível (e inaceitável) a que se soma uma concepção muito equívoca (para dizer o mínimo) daquilo que deveria ser uma sociedade livre, solidária, progressista, evoluída, culta... logo, verdadeiramente socialista... faz com que haja, na verdade, mais candidatos a tentar fazer a viagem de Norte para Sul... do que contrário.
Daí a originalidade desta notícia, dando-nos conta do assassinato de um cidadão da Coreia do Sul que tentava fugir a nado para a Coreia do Norte... abatido a tiro por militares da Coreia do Sul.
Para “fazer a vontade” a todos aqueles que defendem que “o mal” mora exclusivamente a Norte... direi que, certamente, se o homem tivesse sido abatido pelos soldados da Coreia do Norte, teria sido com muito, ah... mas mesmo muito mais balas... o que faria toda a diferença!

“Cantigueiro” – Uma nova fase


Sejamos claros! O facto de, na passada sexta-feira e a propósito de uma piada ao anúncio algo nauseante do “porquê?, porquê?, porquê?”, protagonizado pelos notáveis ex-alunos do Colégio Militar, ter sido ameaçado por um “capitão de abril” com modos fascistas, de vir a ter, entre outras coisas, as mãos partidas para nunca mais escrever... não me fez sentir, nem por um momento “um Victor Jara”!
Por mais que partilhemos a profissão de “cantautores”, por mais que o tom em que lhe falaram aqueles que lhe esmagaram as mãos e assassinaram faz hoje precisamente 40 anos, fosse, estou certo, da mesma “família” do tom em que este “capitão de abril” me falou... a única coisa que consegui sentir, foi nojo!
Na verdade, o facto de ter um blog onde escrevo coisas com que nem todos podem concordar, não me obriga a ter que conviver, ainda que virtualmente, com gente com quem nunca lidei, todos estes "capitães" fascistas de todos os meses do ano menos de Abril, com quem não tenho a menor intenção de conviver... ainda que virtualmente. Fascistas, ou simples carroceiros que gostam de falar como se fossem fascistas. Essa minha “relação” com tal estirpe de gente... termina aqui!
Como tudo o que começou e um dia acabará (como este blog), a vida das coisas tem fases. O “Cantigueiro” entra, assim, numa nova fase.
A partir de hoje, terão aqui lugar os recados e comentários dos amigos, que serão sempre livres de dizer o que quiserem, até de concordar comigo... já que, digam o que disserem, fazem-no sempre com amizade e lealdade.
Quanto aos comentários de adversários que tenham (realmente) lido e discordado do que escrevi, mas que manifestem a sua discordância de uma forma que não envergonhe aqueles se tanto se esforçaram para lhes dar educação... continuarão a ser publicados, embora passe a ser muitíssimo raro que eu venha a responder a esses comentários.
Os outros, os “capitães de abril” e demais agressores anónimos, vão ter paciência, mas não verão nem mais um “comentário” publicado. Nalguns casos de frequentadores já conhecidos pelos seus recorrentes surtos de lacrimejantes saudades de Salazar... nem que seja para dizer "bom dia". Terão que se limitar a chafurdar, uns com os outros, no seu lamaçal comum e a abocanharem-se mutuamente.
Isto vale já para os insultos que este post vai, certamente, suscitar.
Obrigado... e um abraço a (quase) todos e todas!

domingo, 15 de setembro de 2013

Em época de campanha... uma atitude “prudente” :-)



Chegaram ao meu mail vários convites para dar, de algum modo, um contributo para a organização de uma grande manifestação a realizar em data a combinar... mais uma vez por iniciativa do movimento “que se lixe a troika” (QSLT).
Embora desejando as maiores felicidades, tanto para a organização, como para a mobilização e realização da manifestação, devo informar que, desta vez, não poderão contar comigo como contaram antes na “grandolada” do Parlamento, no grande espectáculo da Praça de Espanha, ou na grande manifestação no Terreiro do Paço.
Na verdade, depois de verificar que o “QSLT”, para além de toda a gente que por lá anda e que é genuinamente  interessante, interessada e independente, à mistura com uns tantos “filhos de família” que são, no fundo, apenas anti-comunistas e anti-partidos com “banda sonora de esquerda” e em busca de uma solução para o tédio... adiante!... depois de verificar, como ia dizendo, que o “QSLT”é, também (e legitimamente, diga-se!), uma espécie de “corrente de comunicação” (não digo “transmissão, pois isso é uma marca registada da CGTP, como todos sabemos!), um meio de o Bloco de Esquerda chegar com maior facilidade até “à rua”... e de alguns, que estavam na rua, chegarem à desejada ribalta mediática proporcionada pelo Bloco de Esquerda, depois de tudo isto, repito... não contarão comigo! Nem ajudo, nem estorvo... nem vou!
Primeiro, por coerência com aquilo que há dias escrevi aqui.
Segundo, porque acho que estas minhas 3 participações em iniciativas do “QSLT” podem ser interpretadas como “3 participações consecutivas”. E aí é que está o busílis da questão!!!
Na verdade, não estou para aturar o “excesso de zelo” de um qualquer bloquista que, em plena manifestação, decida denunciar-me à polícia presente, sob a acusação de ser um “dinossauro”, um “profissional das manifestações”, ou mesmo um “manifestante vitalício que sabe-se lá que interesses corruptos pode ter para se agarrar ao lugar de manifestante”, etc., etc., etc.
Acho que por estes dias e até ao acto eleitoral, vou preferir a amizade, a lealdade, o acolhimento franco, fraterno... e o calor das vozes em coro dos militantes e simpatizantes da CDU, nas várias iniciativas em que vou participar nesta campanha*.
Sem denúncias, sem queixas nos tribunais, sem recursos para o TC, sem insultos... ... ...

* Hoje na Maia, depois em Torres Novas, Anadia, Leiria, Soure, Paredes... tendo ainda alguns "intervalos" para descansar, ou mexer ainda no calendário, que não está fechado.

sábado, 14 de setembro de 2013

Função Pública - Virão aí mais chumbos?


Apoiado por uma horda de comentadores, politólogos e “cientistas” políticos com cadeira reservada nas televisões e jornais nacionais, o governo impinge-nos dia a dia a patranha de que há funcionários públicos a mais, que ganham bem demais e que, mesmo depois de aposentados, têm reformas demasiado altas.
Nada mais mentiroso! A média de funcionários públicos por habitante, em Portugal, é menor do que a média europeia. Os seus ordenados e pensões estão abaixo da média europeia. A percentagem do PIB que é gasta nos vencimentos dos funcionários públicos é menor do que na maior parte dos países da União Europeia. Mais... em poucos anos, o número de funcionários públicos desceu de mais de 700.000, para pouco mais de 500.000. Mais ainda e em consequência desta diminuição brutal de entradas para a Função Pública de novos trabalhadores... há sectores onde é evidente a falta de funcionários.
Ainda assim, o governo não hesita em, numa manobra revanchista, canalha e «terrorista», tentar vingar outro “chumbo” do Tribunal Constitucional, com mais uma agressão cobarde aos mais indefesos, deixando intactos os grandes interesses.
Mais ainda, numa tentativa canhestra por tão evidente, de tentar dividir para reinar, o governo encena a manobra asquerosa de deixar de fora dos cortes alguns funcionários, como sejam os magistrados e as forças policiais, o que, em condições normais, poderia ser considerado ofensivo até pelos próprios “beneficiados”, por se paraecer demasiado com uma tentativa de suborno do poder judicial e de garantia de “fidelização” das forças policiais, atendendo à contestação crescente que varre a sociedade.
- Estas novas medidas têm hipótese de serem anticonstitucionais – dizia o meu amigo, que, como se pode ver por este “têm hipótese” é bastante cauteloso nas suas afirmações. E continuou: se vierem por aí mais “chumbos” do Tribunal Constitucional... o Passos Coelho fica histérico, ou não odiasse ele o TC e a própria Constituição!
A nossa conversa de café ia muito bem e dentro de limites de seriedade apreciáveis... mas como seria de esperar, a minha incapacidade de manter uma conversa séria durante muito tempo, obrigou-me a estrear uma teoria.
- Não, pá! O Passos Coelho fica histérico, mas não é por odiar a Constituição. O problema é que, como se compreende, as palavras "chumbo" e "coelho", escritas na mesma frase... têm um efeito tremendo!!!