quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

TAP – Alguém tem por aí uns trocos...


Nesta altura do campeonato e depois de vários milhares de textos publicados neste “estabelecimento”, é já ocioso repetir que, tal como o “outro” que não constava que tivesse biblioteca... não percebo nada de finanças (e sim.. também acho que o melhor do mundo são as crianças). Posto isto...
Anda para aí uma revoada de comentários e contra-comentários, argumentos e contra-argumentos sobre a venda da TAP a um senhor colombiano (e mais não sei quantas nacionalidades), num negócio que o Arménio Carlos, com a capacidade de síntese que se lhe conhece, classificou como “negócio à colombiana”.
A maior escandaleira, pelo que tenho apreciado, prende-se com o facto de o tal senhor ir pagar ao Estado, a consumar-se o negócio, 20 milhões de euros pela companhia aérea portuguesa.
Como não sou tão tolo como pareço... sei muito bem que há outros valores envolvidos, que o homem se compromete a injectar (mais uma mania bastante “colombiana”, presumo) uns milhões na TAP, que assume o passivo da companhia, “assunção” que é uma falácia, pelo menos segundo um professor de economia que se deu ao trabalho de fazer as contas à projectada negociata. Defende o senhor professor, certamente com dados ainda mais precisos do que a wikipedia, que a TAP, com os seus mais de cinquenta “Airbus” (cada um pode custar cerca de 80 milhões), com 80 destinos para quase quarenta países, 2000 voos semanais, mais tudo aquilo que sabemos que a TAP tem, pode valer, feitas as contas aos prós e contras, incluindo os passivos e outras minudências... 700 milhões de euros. Infelizmente, ninguém lhe foi perguntar a opinião!
Apesar de o putativo comprador afirmar que a sua proposta é «muito agressiva»... o que, pelo menos em relação aos interesses do Estado português e aos seus contribuintes, é uma verdade incontestável – realmente, quem pode não se sentir agredido? – a verdade verdadinha é que vamos receber a “fantástica” quantia de 20 milhões de euros por aquela coisa... “favor” que ainda devíamos agradecer!
Na verdade, quem é que, no seu perfeito juízo, não vê imediatamente que a TAP, com as suas várias dezenas de aviões modernos, com várias grandes rotas internacionais com clientela fidelizada, milhares de trabalhadores competentes, um nome criado pelo mundo fora, nomeadamente no que diz respeito à manutenção técnica, etc., etc... quem é que não vê logo, como ia dizendo, que a TAP vale o mesmo, vá lá... até um bocadinho menos do que... ora deixa cá ver se me ocorre algum exemplo bom... ah!, claro!... do que o Pavilhão Atlântico, que o genro de Sua Excelência o Presidente da República, comprou há umas semanas... por 21,2 milhões de euros?
Quem não vê... é mesmo porque tem a mania de ser do contra!!!

10 comentários:

lino disse...

Mais uns que se vão encher à conta da "crise"!
Abraço

do Zambujal disse...

É um escândalo voador.
Chega a assustar... não há qualquer bitola.

Um abraço

Antuã disse...


É mais ou menos tráfico de droga colombiana, coisa em que os últimos presidentes deste país são peritos.

Reaça disse...

A nossa TAPezinha, a nossa EDPezinha,
o nosso vinhinho, o nosso azeitinho, a nossa sardinhinha...ficamos com os nossos santinhos para nos valerem.

Mas que menoridade!!!

Medronheiro disse...


A TAP não é uma coisa qualquer. Tem mercado e categoria. Não é uma coisinha tal como muito do nosso vinho não o é. E medronheiro não há em todo o lado.

Graciete Rietsch disse...

Há quem diga que o sr. Relvas também anda metido no negócio!!!!

Um beijo.

Reaça disse...

Medronheiro, com certeza que eram coisas maravilhosas que tínhamos, assim como imensas empresas à nossa dimensão.

Mas destruir tudo, em vez de modernizar o que tínhamos, com a mania das grandezas, foi fruto de uma doutrina chamada «anti-salazarismo».

samuel disse...

Reaça:

???????? !!!! :-) :-) :-)

Olinda disse...

E assim se faz em Portugal.Uns ficam bem e outros mal.Que raio de democracia ê esta,que dâ direito a gente sem escrûpulos gerirem desta forma os nossos haveres?

R. Vieira disse...

Para mim, a negociata tem outro nome: crime de alta traição contra o interesse nacional.