segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Último dia do ano II – Sílvio, o “burlesconi”


Segundo uma mentira largamente propalada, um tecnocrata no governo seria não mais que um técnico, pretensamente muito competente, mas sobretudo independente e, preferencialmente, sem ideologia que se visse. Estaria assim equidistante das lutas político/ideológicas, equidistante dos interesses de ricos e pobres, jovens e idosos, patrões e assalariados, servindo exclusivamente o “superior interesse da nação”.
Como já disse, é mentira! Os famosos governos de tecnocratas, tendem sempre a servir apenas um senhor... e esse nunca é o “superior interesse da nação”.
Mario Monti, o tecnocrata que os “mercados” colocaram – sem eleições – à frente do governo italiano, é apenas mais um bom exemplo disso mesmo.
Posto isto e estabelecido que não nutro qualquer especial simpatia pelo personagem... o que é demais também é moléstia, c’os diabos!
Sílvio Berlusconi, a quem gosto de chamar “burlesconi”, o pantomineiro corrupto e porco, ex-primeiro-ministro de Itália, resolveu atacar Mario Monti... por este ter «perdido a credibilidade».
E pronto. Assim, de supetão, a poucas horas do fim de 2012, “burlesconi” tem o topete de apontar o dedo a alguém... seja quem for... por falta de credibilidade.
Decididamente, uma tirada digna de concorrer a melhor piada do ano!
Seja como for e passe a potencial piada da coisa, convém não esquecer que este tipo de personagens aparentemente risíveis, apalhaçados, com pancada na cabeça, o que se quiser... são quase sempre perigosos, assim estejam reunidas as condições históricas, como bem prova o “antepassado” de Berlusconi, que deu pelo nome de Benito Mussolini... e tantos, tantos outros.
Até para o ano! (Desta vez é que é!)

3 comentários:

Maria disse...

Estou tão cansada destes gajos todos que a minha vontade era começar numa ponta e acabar mesmo mesmo no fim!
Então até para o ano, afinal sempre vou passando por aqui embora às vezes não dês por isso :-D

Beijinhos aí e bom ano para nós!

Graciete Rietsch disse...

Já em 2013, os votos sinceros de que este ano seja, pelo menos, o princípio do fim de todos esses "burlesconis".

Um beijo.

Antuã disse...


O grande porco!